Entre as vítimas do terremoto que atingiu o Haiti na última terça-feira (12), um grupo tem preocupado médicos e organizações humanitárias: mulheres grávidas ou que ainda estejam amamentando De acordo com a organização não governamental Care Internacional, a estimativa é que 37 mil grávidas estejam entre a população afetada pela tragédia e que estão com dificuldade de acesso água, alimentos e remédios.
Por causa da situação precária no que restou na capital, Porto Príncipe, sem hospitais ou centros de saúde, as grávidas estão expostas a maior risco de complicações e morte. Segundo a ONG, o Haiti já possuía o pior índice de mortalidade materna do Caribe e América Latina, com 670 mortes para 100 mil nascimentos.
Integrantes da ONG que estão no Haiti atuando no socorro s vítimas relatam que mulheres estão dando a luz nas ruas, o que põe em risco a vida de mães e bebês. Sem estrutura adequada, aumentam as possibilidades de hemorragia, infecção e aborto, além de problemas que poderiam ser evitados com ajuda médica como prolongamento ou obstrução do parto e hipertensão.
Na noite do terremoto, militares brasileiros fizeram o parto de uma menina, que nasceu no hospital improvisado montado para atender os feridos durante o terremoto.
Em parceria com o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para Mulher (Unifem), a ONG vai trabalhar na identificação necessidades mais urgentes das mulheres grávidas e as que estão amamentando e começar a distribuição de kits de higiene, de cuidados básicos com bebês e sachês para purificar água.
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