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Líderes de diversas nações condenaram os ataques israelenses no Líbano neste domingo que mataram dezenas de civis, a mairoria crianças, mas os Estados Unidos e o Reino Unido novamente se abstiveram de reforçar os pedidos para um cessar-fogo imediato.

Brasil, França, China, Jordânia, Egito, União Européia, Arábia Saudita, Kuweit e Organização das Nações Unidas (ONU) estão entre os muitos que disseram que o ataque a Qana mostrou a necessidade de um fim imediato do conflito entre Israel e os guerrilheiros do Hezbollah.

O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, pediu um encontro de emergência do Conselho de Segurança para condenar os ataques e pedir o fim imediato do conflito. No entanto, as posições dos EUA e Reino Unido enfatizaram as divisões no Conselho de Segurança, que se reuniu para discutir a guerra, iniciada há cerca de 20 dias.

No Brasil, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou mensagem ao primeiro-ministro do Líbano, Fouad Siniora, lamentando o ataque israelense em Qana e defendendo cessar-fogo imediato.

"Estou profundamente chocado, indignado e consternado com os violentos bombardeios israelenses neste domingo em Qana, no sul do Líbano, que vitimaram a população civil, incluindo dezenas de crianças, mulheres e idosos", declarou Lula, em comunicado divulgado pelo Itamaraty.

- A França condena esta ação injustificável, que demonstra mais do que nunca a necessidade de cessar-fogo imediato, sem o qual somente haverá outros incidentes como esse - disse o presidente francês, Jacques Chirac, em comunicado.

O porta-voz do ministro das Relações Exteriores chinês, Liu Jianchao, preveniu sobre "um desastre ainda maior" se o conflito continuar. O Egito disse ter intimado o embaixador de Israel no Cairo para expressar sua revolta com o ataque.

O presidente iraquiano, Jalal Talabani, chamou o bombardeio de "crime" e pediu uma ação rápida para acabar com a batalha. "Nós condenamos o ataque a civis e renovamos nossa total solidariedade aos libaneses neste difícil momento", disse Talabani em nota.

O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmer, expressou seu pesar pelas mortes, a maioria de crianças, mas disse que os ataques a Israel partiram daquela área. O Hezbollah prometeu retaliar.

O Líbano diz que 750 morreram desde o início dos ataques. Cinquenta e um israelenses também foram mortos.

Os EUA enfrentam críticas por se recusarem a pedir um cessar-fogo imediato e por parecer que dão a Israel o sinal verde para prosseguir com os ataques. Israel e Estados Unidos querem assegurar que o Hezbollah seja desarmado com a resolução da ONU.

O ministro das Relações Exteriores francês, Philippe Douste-Blazy, disse que a França e os EUA concordam neste ponto, mas há "profundas divisões" entre os países.

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