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Não há uma "solução mágica" para resolver todos os desafios que o mundo enfrenta na área de energia, mas é preciso desenvolver uma série de tecnologias para cortar as emissões de dióxido de carbono (CO2), disse na sexta-feira o chefe da Agência Internacional de Energia (AIE).

Claude Mandil, diretor-executivo da AIE, lembrou que a previsão é que o consumo de energia suba quase 50 por cento até 2030, sendo que a principal fonte dessa energia é a queima de combustíveis fósseis, como petróleo, carvão de gás natural. Mas, de acordo com ele, essa situação não é sustentável.

O mundo está produzindo cerca de 25 bilhões de toneladas de CO2 por ano, e essa quantidade cresce cerca de 1 bilhão de toneladas a cada dois anos, de acordo com Mandil. Ele disse que a meta deve ser eliminar 1 bilhão de toneladas de emissões de CO2 por ano.

- Podemos ter um futuro com energia sustentável a longo prazo com tecnologias conhecidas e a um custo que não está fora de alcance - disse ele num fórum da ONU sobre políticas de energia sustentável.

A queima dos combustíveis fósseis gera o CO2, um gás ligado ao efeito-estufa e ao aquecimento do planeta. Mandil disse que é preciso promover fontes mais limpas de energia, além dos esforços para conter as emissões.

- Não há solução mágica. Nada pode ser resolvido só com uma tecnologia.

Ele citou como alternativas a substituição de usinas termelétricas por usinas de emissão zero, usando a energia solar, eólica, nuclear, além da iluminação mais eficiente e da captação e armazenamento de carbono (CCS), que podem ajudar a reduzir as emissões de CO2.

"Mas tememos que, em 2030, as tecnologias de captação e armazenamento de carbono não estejam disponíveis a preços baixos ou em larga escala", disse ele.

Essa tecnologia pode contribuir de forma significativa para uma redução da emissão de CO2 até 2050, afirmou Mandil. A AIE, com sede em Paris, assessora 26 países industrializados no que diz respeito à política do setor energético.

Mandil também falou sobre os biocombustíveis, mas voltou a mencionar a questão do custo.

- Não será possível mantê-los sustentáveis no futuro com subsídios.

O Brasil e os Estados Unidos, os dois maiores produtores de etanol, assinaram no mês passado um acordo para trabalhar juntos no desenvolvimento da tecnologia e no estabelecimento de padrões para o comércio do combustível.

O chefe da AIE disse que o trabalho conjunto entre EUA e Brasil levará "biocombustíveis de segunda geração para o mercado, tomara que mais rápido que o previsto."

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