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O magnata Rupert Murdoch deve ir a Londres neste fim de semana para lidar com uma crise cada vez maior devido às escutas telefônicas ilegais envolvendo seus jornais britânicos.

A esperada chegada do chefe da News Corp coincidiu com os pedidos do primeiro-ministro britânico, David Cameron, para que se acelere um inquérito sobre o escândalo, que pode colocar em perigo os planos de Murdoch de assumir uma emissora britânica e aumentou os questionamentos sobre a relação entre a imprensa e políticos.

A News Corp se negou a comentar a agenda de Murdoch, que tem 80 anos, três dias depois do fechamento do News of the World, tabloide de maior vendagem do país e que tem 168 anos de vida, no que foi visto como um movimento para limitar os danos à News Corp.

Rebekah Brooks, presidente-executiva do jornal, indicou que novas revelações podem surgir, como mostrou uma gravação.

"Eventualmente será divulgado por que as coisas deram erradas e quem é o responsável. Será outro momento muito difícil na história desta empresa", disse Rebekah aos funcionários do jornal na sexta-feira, de acordo com uma gravação divulgada pela Sky News.

Murdoch rejeitou pedidos para que Brooks deixe o posto devido à sua posição no News of the World durante alguns dos incidentes envolvendo as escutas ilegais. Brooks nega que tinha conhecimento da prática.

A polícia britânica prendeu na sexta-feira Andy Coulson, ex-porta-voz de Cameron e que renunciou como editor do News of the World em 2007 após um de seus repórteres e um detetive particular terem sido condenados por invadir as linhas telefônicas de assessores da família real.

Coulson também alegou desconhecer as escutas ilegais.

Cameron anunciou uma completa investigação pública sobre as acusações em uma entrevista coletiva marcada às pressas na sexta-feira, na qual ele foi forçado a defender seu julgamento sobre a contratação de Coulson.

O Partido Trabalhista, de oposição, disse neste sábado que Cameron precisa indicar um juiz rapidamente para que a investigação prossiga e se evite que as evidências desapareçam, lembrando os indícios sobre o apagamento de emails.

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