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O ditador Xi Jinping, na abertura do 20º Congresso do Partido Comunista da China
O ditador Xi Jinping, na abertura do 20º Congresso do Partido Comunista da China| Foto: EFE/Mark R. Cristino

Em discurso na abertura do 20º Congresso do Partido Comunista da China (PCCh) neste domingo (16) em Pequim, o ditador Xi Jinping reiterou que o regime chinês vai intensificar esforços contra a independência de Taiwan e defendeu a política de Covid-zero do país, que deve fazer com que a economia chinesa tenha este ano o segundo pior desempenho econômico desde 1976.

O ditador afirmou que a China “se esforçará pela reunificação pacífica” ao falar de Taiwan, ilha administrada separadamente desde o final da Guerra Civil Chinesa, em 1949, mas que Pequim considera uma província rebelde a ser reincorporada.

“Nunca prometeremos renunciar ao uso da força e nos reservamos a opção de tomar todas as medidas necessárias”, ameaçou.

“As rodas da história estão girando em direção à reunificação da China e ao rejuvenescimento da nação chinesa. A reunificação completa do nosso país deve ser realizada”, complementou o ditador.

Ao falar de Hong Kong, cuja autonomia Pequim enterrou ao reprimir protestos por democracia e impor mudanças na legislação para acabar com a dissidência, Xi alegou que a China promoveu uma transformação de “caos para governança” na região.

O ditador defendeu a política de Covid-zero, que estabelece lockdowns rígidos em bairros e até cidades inteiras da China quando poucos casos da doença são detectados. Devido a essa política e a outros fatores, como a seca que atingiu o país este ano, o PIB chinês deve crescer apenas 2,8% em 2022, segundo a previsão mais recente do Banco Mundial.

“Ao responder a surtos repentinos de Covid-19, priorizamos as pessoas e suas vidas acima de tudo e perseguimos tenazmente uma política dinâmica de Covid-zero ao lançar uma guerra total do povo contra o vírus”, afirmou, sinalizando que a política não deve mudar.

O 20º Congresso do PCCh será realizado ao longo da semana e Xi deve ser reconduzido aos cargos de secretário-geral da legenda e presidente da Comissão Militar Central, para no começo de 2023 iniciar um inédito terceiro mandato de cinco anos na presidência chinesa.

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