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Paris - Centenas de milhares de franceses tomaram as ruas de Paris ontem em mais um dia de manifestações em defesa do direito de aposentadoria aos 60 anos de idade. De acordo com o Minis­tério do Interior, cerca de 820 mil franceses participaram das manifestações em protesto contra reforma das regras para aposentadoria. Já os sindicatos franceses estimam que esse número chegou a mais de três milhões.

As tensões têm aumentado desde as demonstrações recordes ocorridas no começo desta semana com greves nas refinarias e corte de abastecimento de combustível nos aeroportos de Paris e depois que estudantes aderiram aos protestos.

Parisienses protestam contra projeto que altera regras de aposentadorias do setor público e privado. Embora o cálculo do número de participantes seja bem diferente, as cifras fornecidas pelo ministério francês do Interior e pela CGT, principal sindicato do país, são consideradas inferiores às registradas na mobilização anterior, de 12 de outubro. Naquele dia, os sindicatos conseguiram mobilizar 3,5 milhões de pessoas em todo o país.

A reforma, que o governo francês pretende realizar, prevê o aumento de 60 para 62 anos da idade da aposentadoria proporcional e de 65 para 67 anos da integral.

Combustíveis

Em meio aos protestos populares contra a reforma do sistema previdenciário que afetam as refinarias na França, a ministra de Finanças do país, Christine La­­garde, afirmou ontem que o país tem reservas de combustíveis para várias semanas e não há desabastecimento.

"Há estoques; o governo confirma que não há escassez de abastecimento", afirmou Lagarde. A ministra disse que mesmo se os 230 reservatórios de petróleo da França deixassem de funcionar por falta de diesel e gasolina, eles representam cerca de 2% dos 13 mil pontos de varejo do país.

O suprimento de produtos derivados de petróleo na França tem sido comprometido por greves de funcionários de portos e refinarias do país. Na mobilização, 10 das 12 refinarias da Fran­­ça deixaram de funcionar e as outras duas estavam gradualmente reduzindo a produção.

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