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Camp Pendleton – Na maior base de marines norte-americanos no mundo, em Camp Pendleton, soldados rasos ou de alta patente são cautelosos ao comentar as acusações de que seus companheiros "mataram civis" no Iraque, mas nos bastidores se defendem, alegando que "é uma guerra".

"Eu sei que os Estados Unidos não são o único país que cometeu erros. Talvez alguns marines tenham agido de forma incorreta, quem sabe, mas, na guerra, esse tipo de coisa acontece", disse um marine de origem mexicana que chegou do Iraque há um ano e está nesta base da Califórnia. Ele se referia à morte de 24 civis iraquianos registrada em novembro, ainda sob investigação.

90 dias

Um sargento do Exército norte-americano foi condenado ontem a 90 dias de trabalhos forçados por ter incitado um cachorro a aterrorizar um prisioneiro durante um interrogatório na prisão iraquiana de Abu Ghraib. O sargento Santos A. Cardona é o 11.º soldado a ser condenado por crimes relacionados com o abuso de prisioneiros na prisão de Abu Ghraib entre o final de 2003 e o início de 2004.

As torturas foram o primeiro grande escândalo a abalar a posição dos EUA na guerra do Iraque diante da comunidade internacional. A matança de civis seria um novo capítulo do tormento sobre Washington.

Cardona também terá de pagar uma multa de US$ 7,2 mil e será rebaixado de patente. O militar, de 32 anos, natural da Califórnia, foi acusado de negligência no cumprimento de seu dever e por ameaçar um prisioneiro com um pastor belga.

A invasão do Iraque, em 2003, condenou o país a três anos de violência. Ontem, sete pessoas morreram e 58 ficaram feridas em uma onda de ataques em Bagdá. Duas bombas artesanais explodiram num mercado de animais, matando quatro pessoas e ferindo 50.

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