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Nova Délhi (AFP) – O presidente norte-americano, George W. Bush, afirmou ontem que a nova associação estratégica entre Estados Unidos e Índia, que inclui um acordo nuclear, poderia transformar o mundo, mas os protestos em seu último dia de visita à Índia deixaram pelo menos três mortos e dezenas de feridos. Um dia depois de assinar um histórico acordo nuclear com o primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, Bush elogiou a Índia, dizendo que está "encantando com a vibrante e emocionante terra".

Horas antes de Bush começar seu pronunciamento, três pessoas morreram no norte da Índia em confrontos entre muçulmanos e hindus durante uma manifestação contra sua visita, em Lucknow, a capital do estado de Uttar Pradesh, norte do país. "Dois dos mortos são hindus e um é muçulmano", afirmou Ghulam Abbas, porta-voz do governo regional de Uttar Pradesh. Abbas acrescentou que 17 pessoas foram hospitalizadas também com ferimentos causados por armas de fogo. Fontes britânicas falavam ontem em um número ainda maior de mortes.

Racha

Os confrontos começaram após a oração de ontem, quando muçulmanos que se opunham à visita de Bush à Índia quiseram forçar os comerciantes a fechar suas lojas, e o os hindus não aceitaram, explicou momentos antes o chefe da Polícia de Lucknow. Os protestos dos muçulmanos também se tornaram violentos em Hydebarad, no sul do país, durante a visita de Bush ao centro tecnológico da cidade. Cinco pessoas ficaram feridas em confrontos entre a polícia e os manifestantes. Em Srinagar, a capital da Cachemira indiana, cerca de 35 pessoas ficaram feridas nos choques entre a polícia e os manifestantes muçulmanos, que também protestavam contra a publicação das caricaturas de Maomé na Dinamarca. Em Islamabad, no Paquistão, onde chegou ontem para uma visita de dois dias, Bush também foi recebido com protestos.

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