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Amorim disse que a recente crise alimentar, energética e financeira mostra a extensão da relação intrínseca entre os direitos humanos e a agenda social e econômica | Fabrice Coffrini / AFP Photo
Amorim disse que a recente crise alimentar, energética e financeira mostra a extensão da relação intrínseca entre os direitos humanos e a agenda social e econômica| Foto: Fabrice Coffrini / AFP Photo

O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, voltou a cobrar nesta sexta-feira (12) a redução dos subsídios concedidos a agricultores dos países ricos. Em discurso na cerimônia comemorativa dos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, na representação da Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra, o chanceler brasileiro afirmou que a redução dos subsídios também é uma medida de direitos humanos.

O acesso a saúde e medicina é reconhecido como direitos humanos essenciais. A redução do enorme volume de subsídios generosamente concedidos ao setor agrícola dos países ricos, em detrimento dos agricultores nos países em desenvolvimento, melhoraria, igualmente, as condições de vida de centenas de milhões de pessoas. Essa também é uma forma de trabalhar a favor dos direitos humanos, disse Amorim.

Ele afirmou ainda que a recente crise alimentar, energética e financeira mostra a extensão da relação intrínseca entre os direitos humanos e a agenda social e econômica.

O chanceler brasileiro também pediu a reforma das instituições internacionais e maior participação dos países em desenvolvimento nas decisões da ONU. O Brasil, há anos, luta para para assumir uma cadeira como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU.

Não pode haver total respeito aos direitos humanos em um mundo onde prevalece a desigualdade entre pessoas e nações. A reforma das instituições internacionais, com maior participação dos países em desenvolvimento em suas decisões, é essencial para assegurar uma governança justa e eficaz, sem a qual continuará a vigorar a injustiça, afirmou o chanceler brasileiro.

O ministro disse ainda que o Brasil, assim como os demais países da América Latina, tem avançado na defesa e preservação dos direitos humanos dentro do que prevê a Declaração Universal da ONU.

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