• Carregando...

O embaixador israelense na ONU. Dan Gillerman, disse na segunda-feira que as ações dos líderes iranianos, sírios e palestinos equivalem a "declarações de guerra", enquanto o representante palestino disse que os ataques de Israel na Faixa de Gaza são desumanos e violam o direito internacional.

Os dois diplomatas abriram um debate do Conselho de Segurança que teve mais de 20 oradores. A sessão já estava marcada antes do atentado suicida palestino que matou nove pessoas e feriu 60 na segunda-feira em Tel Aviv.

O observador palestino na ONU, Riyad Mansour, seguiu o exemplo do presidente Mahmoud Abbas e condenou o atentado. Já o Hamas, que controla a Autoridade Palestina, viu no ataque suicida uma forma de "autodefesa".

- Reafirmamos nossa condenação à perda de vidas inocentes, palestinas ou israelenses, e pedimos à potência ocupante que faça o mesmo - disse Mansour ao Conselho.

Gillerman disse que os líderes fundamentalistas incitam cotidianamente ao terrorismo.

- Uma nuvem negra paira sobre a nossa região, e está sofrendo uma metástase como resultado das declarações e ações dos líderes de Irã, Síria e do recém-eleito governo da Autoridade Palestina - afirmou. - Essas recentes declarações são claras declarações de guerra, e peço a todos vocês que ouçam cuidadosamente e a aceitem por seu valor de face.

Ele acusou Irã e Síria de darem abrigo e dinheiro ao Hamas e o grupo libanês Hizbollah, e para dar sustentação às queixas citou declarações dos líderes do Hamas na Síria, de Ismail Haniyeh, primeiro-ministro palestino, e do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, que recentemente defendeu que Israel suma do mapa.

- Essas palavras falam por si e não precisam de qualquer interpretação. São claras e representam o objetivo declarado deste eixo do terror, que, para nosso pavor, voltou a ser executado esta manhã em Tel Aviv - disse Gillerman.

Delegados árabes e africanos deram respaldo à condenação feita por Mansour àquilo que ele chamou de "força excessiva e indiscriminada de Israel contra civis palestinos", especialmente na Faixa de Gaza, onde, segundo ele, ataques mataram entre 15 e 21 civis, sendo duas crianças.

Israel realizou nas últimas semanas vários bombardeios sobre áreas de Gaza usada por militantes para o disparo de foguetes contra o território israelense. O número de vítimas foi o maior desde que Israel abandonou unilateralmente a região, em setembro de 2005.

A reunião foi convocada depois que na semana passada os Estados Unidos rejeitaram uma declaração sobre os bombardeios israelenses em Gaza, por considerarem o texto "desproporcionalmente crítico a Israel".

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]