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Apoiadores do regime sírio balançam bandeiras do país durante uma carreata na capital Damasco | Louai Beshara/AFP
Apoiadores do regime sírio balançam bandeiras do país durante uma carreata na capital Damasco| Foto: Louai Beshara/AFP

Alerta

Grã-Bretanha quer cidadãos fora do Iêmen

Londres - A Grã-Bretanha recomendou ontem a saída imediata de seus cidadãos do Iêmen mediante a deterioração da segurança no país árabe. Nos últimos dias, a tensão aumentou entre os iemenitas, que fazem protestos contra o presidente Ali Abdullah Saleh.

O Ministério de Relações Exteriores da Grã-Bretanha advertiu por meio de nota que seus cidadãos deveriam "deixar imediatamente" o Iêmen, já que o governo encontraria dificuldades em dar assistência consular no caso do acirramento da violência no país O governo afirmou que apenas alguns poucos e essenciais diplomatas permaneceriam na embaixada em Sanaa.

Os avisos de que os britânicos deveriam deixar o Iêmen são emitidos há quase duas semanas, mas a chancelaria afirmou que fez a advertência de ontem devido "ao aumento da seriedade da situação".

Agência Estado

São Paulo - Operações da polícia síria em uma mesquita e um bairro de opositores do ditador Bashar Assad deixaram pelo menos 15 mortos ontem na cidade de Daraa (130 km ao sul de Damasco).

O primeiro choque aconteceu no início da manhã, nas proximidades da mesquita Omari. Manifestantes saíram às ruas para exigir reformas no regime e mais liberdade política. Segundo testemunhas, a polícia usou munição letal para dispersar a multidão, causando a morte de seis pessoas.

Outros três manifestantes foram assassinados no centro histórico da cidade e, no final do dia, mais seis corpos foram achados na região. Ativistas ligados aos protestos afirmaram que a mesquita foi invadida pela polícia. Um membro das forças de segurança teria sido morto ao se recusar a participar da invasão. O governo negou ter invadido o local. Daraa e outras quatro cidades próximas (Inkhil, Jasim, Khirbet Ghazaleh e Harrah) sempre foram leais a Assad, mas formam hoje o principal núcleo de oposição ao governo do ditador.

Inspirados pela onda de revoltas que já derrubou dois regimes no mundo árabe, moradores da região começaram a organizar protestos pró-democracia depois que estudantes foram presos por fazer pichações.

A polícia respondeu aos protestos com balas de borracha, gás lacrimogêneo, canhões de água e também munição real. O número de mortos desde sexta-feira até ontem é estimado em ao menos 22. Segundo testemunhas, moradores das quatro vilas tentaram entrar em Daraa na noite de anteontem para participar dos protestos, mas encontraram bloqueios da polícia nas estradas. Não havia notícias sobre confrontos fora da cidade. A tevê estatal justificou a ação da polícia afirmando que as vítimas não eram simples manifestantes, mas sim uma "gangue armada’’ que atacou uma ambulância. O regime confirmou a morte de quatro pessoas e disse que policiais estavam perseguindo os supostos criminosos que escaparam.

Apesar de ter negado a invasão da mesquita pela polícia a emissora afirmou que a polícia apreendeu fuzis, granadas, munição e dinheiro dentro do prédio.

Mais protestos

Assim como ocorreu na Tunísia e no Egito, opositores da Síria estão usando sites na internet para marcar, para amanhã, uma nova grande manifestação, que já está sendo apelidada de "Sexta-Feira da Dignidade’’.

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