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Falando na TV como o verdadeiro presidente da Costa do Marfim, o opositor Alassane Ouattara anunciou na quinta-feira o bloqueio à residência de Laurent Gbagbo - o líder que se recusa a abandonar o poder -, assegurou a volta do país à atividade econômica e garantiu o retorno dos serviços básicos para a população. O pronunciamento foi parte de um plano preparado com a ajuda da Organização das Nações Unidas (ONU) e da França para dar legitimidade a Ouattara.

Enquanto isso, tropas da ONU e do governo francês cercaram a residência de Gbagbo, que se nega a aceitar a derrota nas eleições realizadas cinco meses atrás. Mas a ordem era a de não disparar contra o líder - apenas isolá-lo, fisicamente, financeira e, acima de tudo, politicamente.

"Sou o presidente de todos", declarou Ouattara. "Cristãos ou muçulmanos, que tenham votado em mim ou não, peço a responsabilidade e dignidade para evitarmos vinganças", acrescentou. Ouattara também prometeu que suas tropas não fariam uma caça às bruxas.

Gbagbo, refugiado num bunker no segundo subsolo da residência presidencial, recebeu a proposta de um acordo há dois dias para permitir sua rendição. Mas queria garantias de que não seria levado ao Tribunal Penal Internacional (TPI) e teria acesso a seus recursos, em contas no exterior.

Sem acordo, Ouattara optou por ordenar que suas forças invadissem a residência. Mas elas se depararam com uma forte resistência. Gbagbo estava sendo protegido pelos últimos 1.000 soldados que ficaram ao lado dele. Na residência, 200 deles manteriam vigilância total para garantir a vida de Gbagbo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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