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Quiosques da Praia Central de Guaratuba não têm autorização para funcionar | Carlos Ohara/Gazeta do Povo
Quiosques da Praia Central de Guaratuba não têm autorização para funcionar| Foto: Carlos Ohara/Gazeta do Povo

Islamabad – O ex-premier Nawaz Sharif, principal rival do ditador paquistanês Pervez Musharraf, retornou ontem ao país após sete anos no exílio, como havia anunciado, mas teve que adiar a prometida carreata contra o regime. Preso ainda no aeroporto, Sharif foi deportado para a Arábia Saudita menos de quatro horas depois de pousar em Rawalpindi, região metropolitana de Islamabad.

A operação começou cedo, com o bloqueio de sinais de celulares e das principais vias de acesso ao aeroporto para tentar impedir a chegada dos partidários de Sharif. Cerca 2.000 pessoas foram detidas, segundo o PLM-N (Partido da Liga Muçulmana/Nawaz), legenda liderada pelo ex-premier. O governo afirma que o número é bem menor, mas admite que líderes do partido foram postos sob prisão domiciliar.

A passagem de Sharif pelo Paquistão foi rápida e midiática. Não houve distúrbios maciços mas, no aeroporto, a polícia usou gás para conter os manifestantes.

Ainda em vôo, o ex-premier disse a sua comitiva, composta principalmente por jornalistas, que não tinha medo. Ao chegar, recusou-se a entregar o passaporte e, após 90 minutos de negociação, foi levado a uma sala VIP onde um investigador apresentou-lhe as acusações por corrupção e lavagem de dinheiro. Sharif foi então "devolvido a Arábia Saudita’’ – onde se exilou em 1990, antes de ir para Londres –, segundo informou o Ministério para Assuntos Religiosos do Paquistão.

A deportação de Sharif contraria determinação da Suprema Corte que garantiu, em 23 de agosto, que ele não sofreria sanções caso retornasse ao Paquistão.

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