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Os Estados árabes, divididos sobre como tratar a crise na Síria, devem estender a estadia de uma missão de paz no país, o que os críticos dizem que daria mais tempo ao presidente Bashar al-Assad para matar os opositores de seu governo.

Uma fonte membro de um governo árabe disse à Reuters que a missão seria estendida.

"O comitê vai recomendar a expansão da missão de monitoramento por mais um mês", disse a fonte, que participou da reunião do comitê no Cairo e pediu para não ter seu nome revelado.

Ministros das Relações Exteriores árabes estavam reunidos no Cairo no domingo para debater as conclusões da missão de monitoramento de um mês de duração, cujo mandato expira na quinta-feira, e devem decidir se vão estendê-la, reforçá-la ou se vão retirar os monitores do país.

Alguns querem aumentar a pressão sobre Assad para pôr fim a 10 meses de repressão a uma revolta popular na qual, segundo as Nações Unidas, mais de 5.000 pessoas morreram.

Outros temem que enfraquecer Assad possa levar a Síria, com sua forte mistura de alianças religiosas e étnicas, a um conflito mais profundo, que pode desestabilizar toda a região. Alguns ainda temem a ameaça de seu próprio povo se ele for derrubado.

O chefe do esforço de monitoramento, o general sudanês Mohammed al-Dabi, estava na capital egípcia para apresentar seu relato aos ministros, que devem se reunir depois de um encontro do comitê sobre a Síria da Liga Árabe.

Centenas de pessoas foram mortas durante a missão de monitoramento, enviada para garantir que a Síria implementasse o plano árabe acordado no início de novembro.

Os ativistas da oposição síria disseram que as forças de Assad mataram 35 civis no sábado e que 30 corpos não identificados foram encontrados em um hospital em Idlib. A agência de notícias estatal SANA disse que bombas mataram pelo menos 14 prisioneiros e dois seguranças em um veículo na província de Idlib.

Manter os 165 monitores, e talvez dar-lhes um mandato mais amplo, poderia dar aos Estados árabes mais tempo para achar uma saída para a crise.

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