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Hollande cumprimenta soldado na Champs Elysees . | Michel Euler/AFP
Hollande cumprimenta soldado na Champs Elysees .| Foto: Michel Euler/AFP

O presidente da França, François Hollande, afirmou em sua mensagem de Ano-Novo aos franceses que o terrorismo ainda é uma grande ameaça ao país. “A França não acabou com o terrorismo. A ameaça continua lá e continua em seu mais alto nível”, disse, durante discurso em rede nacional.

O presidente prestou homenagem às vítimas dos atentados de janeiro, que deixaram 17 mortos, e de novembro, com 130 mortos. “Apesar do drama, a França não cedeu. Apesar das lágrimas, permaneceu de pé”, disse.

Ele afirmou ainda que o país continuará com os bombardeios contra alvos do Estado Islâmico no Iraque e na Síria. “Os bombardeios têm resultado, os jihadistas retrocedem, então continuaremos pelo tempo que for necessário”, disse.

O presidente também pediu ao Parlamento que “assuma suas responsabilidades” e que adote a reforma da Constituição que propõe para “dar sólidas bases” ao estado de urgência e para poder retirar a nacionalidade francesa das pessoas com dupla nacionalidade condenadas por terrorismo.

Redes sociais

O governo francês abriu nesta quinta-feira (31) contas nas redes sociais Twitter e Facebook para reforçar seu discurso contra a propaganda do terrorismo.

A conta @stopdjihadisme contava com mais de 2.700 seguidores apenas oito horas após ter enviado o primeiro de seus nove tuítes, seis deles com declarações de Hollande e de seu primeiro-ministro, Manuel Valls.

Outro tuíte ilustrava com um desenho as opiniões oficiais e mostrava a imagem de um terrorista do EI com uma arma ainda fumegante às costas, cravando sua bandeira preta nas costas de um muçulmano ajoelhado em plena oração.

O perfil no Facebook, que foi ativado também nas primeiras horas deste 31 de dezembro, publicou discursos, vídeos e declarações de Hollande e de Valls, e a mesma caricatura do terrorista assassinando um inocente muçulmano. A imagem escolhida para a capa é uma bandeira francesa.

“Todos unidos contra o terrorismo jihadista. Nunca nos impedirão de viver como queremos. São nossos valores os que defendemos”, diz o texto de apresentação nas duas contas.

O governo já lançara o site stop-djihadisme.gouv.fr após a primeira série de atentados, nos dias 7, 8 e 9 de janeiro, que incluíram como alvo a sede da revista satírica “Charlie Hebdo”.

O Executivo francês considera fundamental reforçar sua guerra virtual contra o ativo recrutamento de centenas de jovens e “muito jovens” franceses de ambos sexos para lutar na Síria e no Iraque, fascinados pelo projeto e as promessas das organizações radicais.

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