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Um tribunal internacional intimou nesta quinta-feira a modelo britânica Naomi Campbell a testemunhar, neste mês, no julgamento do ex-presidente da Libéria, Charles Taylor, sobre um diamante bruto que ele supostamente teria dado a ela em 1997. O tribunal advertiu à modelo que ela pode se presa por até sete anos caso se recuse a testemunhar.

Os promotores querem que Campbell diga se Taylor deu de presente a ela um diamante bruto durante uma recepção - cheia de celebridades -, ocorrida em 1997 na África do Sul, cujo anfitrião foi o então presidente Nelson Mandela.

Eles argumentam que o testemunho da modelo dará mais força à acusação de que Taylor mentiu quando afirmou que nunca possuiu diamantes brutos. Os promotores afirmam que Taylor negociou os chamados "diamantes de sangue", extraídos na zona de guerra, cujo o dinheiro da venda financia a insurgência.

O Tribunal Especial para Serra Leoa emitiu a ordem para forçar Campbell a testemunhar depois de ela ter evitado os promotores por um ano e ter anunciado que não tinha intenção de fazer parte do caso.

Ela recebeu ordens para se apresentar ao tribunal em Haia no dia 29 de julho, às 9h "ou apresentar uma boa razão pela qual não pôde cumprir a intimação".

A recusa pode levar a um processo por desobediência, que pode resultar numa sentença máxima de prisão de sete anos e numa multa de 2 milhões de leonês (a moeda de Serra Leoa), ou cerca de US$ 510, segundo a intimação emitida pelo tribunal.

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