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Renúncia de Napolitano, 89 anos, já era esperada: sucessão continua um impasse | Handout/Reuters
Renúncia de Napolitano, 89 anos, já era esperada: sucessão continua um impasse| Foto: Handout/Reuters

O presidente italiano, Giorgio Napolitano, apresentou ontem sua renúncia como chefe de Estado, deixando o primeiro-ministro Matteo Renzi com a tarefa politicamente delicada de encontrar um sucessor.

Já se esperava que Napolitano, de 89 anos, amplamente respeitado fora da Itália como um garantidor da estabilidade durante a crise da zona do euro, renunciasse antes do final de seu segundo mandato por causa de sua idade avançada.

Com as eleições na Grécia marcadas para o final do mês e o Banco Central Europeu sob crescente pressão para tomar medidas sem precedentes para combater o risco de deflação, a mudança contribui para um clima cada vez mais incerto na zona do euro.

A Itália está lutando para emergir de anos de recessão e o governo enfrenta uma série de obstáculos para impor sua agenda de reformas econômicas e constitucionais.

O impasse sobre a seleção de um novo chefe de Estado pode absorver energia política preciosa e, na pior das hipóteses, minar o governo Renzi a ponto de ele precisar restabelecer sua autoridade com a antecipação das eleições gerais.

Há meses se especula sobre quem sucederia Napolitano no cargo, com poderes amplos mas pouco definidos, que vão desde a nomeação de primeiros-ministros ao veto de leis e o exercício da persuasão moral sobre a política do governo.

Nenhum candidato favorito surgiu. Entre os principais nomes citados estão o ex-primeiro-ministro Romano Prodi, o atual ministro da Economia, Pier Carlo Padoan, e o juiz do tribunal constitucional Sergio Mattarella. O presidente do BCE, Mario Draghi, antes tido como candidato, descartou a possibilidade de deixar seu atual cargo.

O novo presidente será eleito em uma votação secreta por uma sessão conjunta de ambas as Casas do Parlamento, além de representantes das regiões, em um processo complexo, de vários turnos.

Segundo Alessio Villarosa, parlamentar do Movimento Cinco Estrelas, a votação terá início no dia 29 de janeiro, data acertada ontem entre os partidos políticos italianos. O cargo tem mandato de sete anos.

Napolitano, um ex-comunista que entrou para o Parlamento em 1953, concordou relutantemente com um segundo mandato em 2013, depois que o impasse geral na eleição ameaçava criar o caos político.

Novas eleições

A escolha do novo presidente pelo Parlamento italiano terá início no dia 29 de janeiro. O presidente do Senado, Pietro Grasso, exercerá o cargo de presidente interino do país até a data do pleito.

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