• Carregando...

O líder do Hezbollah, xeque Hassan Nasrallah, prometeu na quarta-feira transformar o sul do Líbano no "cemitério" das forças invasoras israelenses, horas depois de o Estado judeu anunciar uma ampliação da ofensiva terrestre.

- Vocês não conseguirão ficar na nossa terra, e se vierem, vamos expulsá-los - disse Nasrallah em discurso pela emissora de TV do Hezbollah. - Vamos transformar a nossa preciosa terra do sul num cemitério para os invasores sionistas.

Nasrallah disse que as quatro semanas de bombardeios israelenses não abalaram a capacidade de lançamento de foguetes do Hezbollah e aconselhou os moradores árabes de Haifa a abandonarem essa cidade do norte de Israel para não serem feridos pela chuva de mísseis.

Mas Israel já iniciou a ampliação da ofensiva. A artilharia entrou em ação na noite desta quinta-feira, mas as Forças de Defesa de Israel negaram que o ataque noturno fosse o início da nova ofensiva.

Na quarta-feira, as tropas israelenses foram mais longe em território libanês, e 11 soldados teriam morrido em confrontos com o Hezbollah.

Nasrallah, cuja guerrilha foi essencial para a desocupação israelense do sul do Líbano, em 2000, após 22 anos de presença militar, disse que os Estados Unidos estão tentando impor as exigências de Israel ao Líbano por meio da sua proposta de resolução do Conselho de Segurança da ONU.

- O mínimo que se pode dizer sobre esta resolução é que é injusta e opressiva, e que dá aos israelenses mais do que eles queriam e exigiam - disse Nasrallah. - A reação ao consenso libanês e ao plano de sete pontos foi esta proposta para dar aos israelenses politicamente e por meio da pressão diplomática o que eles não conseguiram ganhar lutando.

O Líbano apresentou um plano de sete itens que exige a imediata retirada das forças israelenses do sul do Líbano e o envio de uma tropa internacional e do Exército libanês à região . O plano prevê também a volta dos refugiados e o desarmamento do Hezbollah.

Nasrallah disse que o grupo xiita apóia a decisão unânime do gabinete libanês, que inclui um ministro do Hezbollah, para enviar 15 mil soldados do Exército regular à fronteira, caso isso contribua com a adoção das propostas de Beirute.

O Hezbollah, que controla a área de fronteira com Israel, resistiu durante muito tempo à presença do Exército libanês por ali.

- Se todos virem que o envio do Exército vai ajudar a encontrar uma saída política que resultaria na suspensão da agressão, para nós é uma saída nacional e honrada. Queremos o fim de todas as agressões, mas, se for necessário o confronto, vamos dar as boas-vindas ao confronto no campo [de batalha].

Nasrallah disse que o Hezbollah já destruiu 60 tanques israelenses e dezenas de escavadeiras e veículos blindados.

Israel afirma que, até agora, a guerra lhe custou US$ 1,6 bilhão.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]