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Os passageiros de um luxuoso navio, atacado por piratas nas perigosas águas entre o Iêmen e a Somália, disseram nesta quarta-feira (3) que ficaram surpresos com a audácia dos atacantes e disseram ter ouvido o som dos tiros dos rifles dos piratas dentro da embarcação. O ataque ao navio M/S Nautica, de quase 600 pés, ocorrido no domingo (31) no Golfo de Áden, foi a última evidência de que os piratas estão mais agressivos e considerando quase todos os navios como alvos potenciais.

Durante o ataque ao navio de passageiros, os piratas fizeram oito disparos com rifle contra a embarcação, segundo o operador do navio, a Oceania Cruises, Inc. Mas o capitão ordenou que os passageiros fossem para dentro da embarcação e acelerou o navio, deixando os piratas para trás, em seu barcos velozes de 20 a 30 pés. O ataque à embarcação com cerca de 650 passageiros e 400 tripulantes durou apenas cinco minutos. Passageiros do Nautica disseram à Associated Press que a tripulação fez advertências sobre o perigo representado pelos piratas antes do embarque e, então, apresentaram os aparelhos de defesa da embarcação.

O ataque de domingo não foi o primeiro contra um navio de passageiros. Em 2005, piratas abriram fogo contra o Seabourn Spirit, a cerca de 160 quilômetros da costa da Somália. O navio também conseguiu escapar e usou um aparelho acústico de longo alcance, que dispara uma dolorosa onda de som, para confundir os piratas. Passageiros do Nautica disseram que a tripulação do navio usou um aparelho parecido para impedir os piratas de subirem a bordo.

Em outra ação, os piratas libertaram um navio iemenita e seus oito tripulantes sem o recebimento de qualquer resgate, informaram oficiais. A embarcação, liberada na noite de terça-feira, foi capturada no mês passado no Mar da Arábia. O navio iemenita foi libertado após um apelo de líderes tribais e funcionários regionais. O ministro somali Ali Abdi Aware afirmou que "nenhum resgate foi pago". Segundo um funcionário do governo do Iêmen, inicialmente os piratas exigiram US$ 2 milhões para libertar o navio e sua tripulação, composta por três iemenitas, três somalis e três panamenhos.

A União Européia também anunciou que enviará uma pequena frota para realizar operações contra piratas na costa da Somália a partir da próxima semana.

Em cerca de 100 ataques contra navios na costa da Somália ocorridos neste ano, 40 embarcações foram seqüestradas. Treze delas continuam nas mãos de piratas, dentre elas um petroleiro carregado com mais de US$ 100 milhões em petróleo e um navio ucraniano com 33 tanques de guerra. As informações são da Associated Press.

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