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Terror no mar

Navio militar dos EUA se aproxima de piratas; capitão é refém

O destoier americano Bainbridge, em foto do ano passado, na Grécia | Paul Farley/USNavy/Reuters
O destoier americano Bainbridge, em foto do ano passado, na Grécia (Foto: Paul Farley/USNavy/Reuters)

Um destróier da Marinha norte-americana chegou na quinta-feira à costa da Somália para ajudar a libertar um norte-americano, capitão de um navio mercante, que foi seqüestrado por piratas.

Homens armados invadiram na quarta-feira o cargueiro de bandeira norte-americana Maersk Alabama, de 17 mil toneladas, mas os 20 tripulantes, todos dos EUA, conseguiram retomar o controle da embarcação após um confronto.

Esse foi o sexto navio capturado por piratas somalis nesta semana no Oceano Índico. Ao longo do ano passado, os bandidos atacaram dezenas de navios, fizeram centenas de marinheiros como reféns e obtiveram milhões de dólares em resgates. É a primeira vez que norte- americanos são vitimados na região.

O imediato Ken Quinn disse à CNN que os piratas fugiram em um bote salva-vidas levando o capitão do navio. A empresa dinamarquesa Maersk, dona da embarcação, disse que o destróier Bainbridge chegou na madrugada de quinta-feira (hora local) à região do incidente, a cerca de 500 quilômetros da Somália.

A CNN disse que o bote, com quatro piratas e o capitão, está no raio de visão do Maersk Alabama, mas uma autoridade marítima regional disse que tal situação pode já ter mudado.

"Estamos agora recebendo relatos de que o Alabama está se dirigindo para águas seguras", disse à Reuters Andrew Mwangura, coordenador do Programa de Assistência aos Navegadores do Leste da África.

"Mas não sabemos o que aconteceu ao mestre, se os piratas o levaram consigo ou o devolveram em segurança a bordo do navio."

A empresa Maersk disse que nenhum marinheiro ficou ferido no incidente a bordo do seu navio, que viajava do Djibuti para o Quênia transportando ajuda alimentar cujo destino final eram Uganda e a própria Somália.

A onda de ataques zomba de um inédito esforço naval internacional contra a pirataria, que inclui navios militares da Europa, dos EUA, da China, do Japão e de outros. A pirataria leva algumas empresas a evitarem aquela parte do oceano Índico, na rota Europa-Ásia (via Suez), elevando os custos de fretes e seguros.

"A solução para o problema, como sempre, é a situação política na Somália", disse o analista Jim Wilson, da entidade Lloyds Register- Fairplay, referindo-se à guerra civil de 18 anos no país. "Até que haja paz em terra, haverá pirataria no mar."

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