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Helicópteros militares sobrevoaram a toca de piratas somalis e navios de guerra próximos a um barco no domingo, no qual homens armados fazem um americano refém em cinco dias de impasse em alto-mar.

Armados com rifles e granadas, quatro piratas e seu prisioneiro, o capitão norte-americano Richard Phillips, de 53 anos de idade, estavam navegando em direção à terra em um bote salva-vidas sem combustível.

Três navios de guerra norte-americanos estavam observando a situação.

"O capitão precisa ficar amarrado ao bote salva-vidas porque ele tentou escapar um vez", disse à Reuters Aweys Ali, chairman da central de piratas da região da Somália de Galkayo.

As fontes piratas disseram que os helicópteros norte-americanos estavam jogando suprimentos ao barco. Phillips é o primeiro norte-americano a ser refém das gangues de piratas somalis que saquearam o movimento Golfo de Aden e o Oceano Índico local de embarque há anos.

"Os americanos deram a eles comida e água - os helicópteros jogaram a eles no bote salva-vidas", disse à Reuters um pirata da aldeia Hobyo, que se identificou como Hussein.

Autoridades norte-americanas estão ansiosas para que termine essa situação, que fascinou americanos desde quarta-feira quando Phillips - um saxofonista, amante de esportes e pai de duas crianças que moram na zona rural de Vermont - foi feito de refém.

Os vigilantes das Forças Navais norte-americanas viram Phillips no domingo de manhã, a bordo do Maersk, disseram em um comunicado, sem acrescentar mais detalhes.

Autoridades pensam que os piratas tentarão escapar com ele se alcançarem a costa do chifre da África, onde conflitos civis ocorrem há 18 anos alimentados pela pirataria.

O navio de bandeira norte-americana Maersk Alabama foi atacado no Oceano Índico na quarta-feira, mas seus 20 tripulantes norte-americanos lutaram com os piratas e retomaram o controle.

Rebocador italiano

Piratas somalis levaram um rebocador italiano sequestrado com 16 tripulantes estrangeiros à costa do chifre da África, mas ainda não pediram resgate, informou um grupo marítimo regional neste domingo.

O barco foi confiscado no sábado no Golfo de Aden com 10 italianos, cinco romanos e um croata a bordo.

"Ele foi apanhado na costa, mas nós não sabemos onde", disse Andrew Mwangura, da Associação dos Marinheiros do Leste da África, que localiza pirataria na região. "Eles não pediram qualquer resgate."

Oficiais da Otan em um navio de guerra português na região disseram que receberam uma ligação aflita do rebocador MV Buccaneer, mas perderam a comunicação minutos depois.

Piratas somalis, que conseguem milhões em resgates, intensificaram os ataques no Golfo do Aden e no Oceano Índico em março, após uma calmaria no início deste ano.

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