• Carregando...

O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair, disse nesta terça-feira que o caminho está aberto para esforços diplomáticos a fim de garantir a libertação dos 15 marinheiros britânicos capturados pelo Irã, e que as próximas 48 horas serão críticas.

Os dos países estão em desavença desde que o Irã capturou os militares, no dia 23 de março, no norte do Golfo Pérsico, mas há poucos sinais de progresso real.

As medidas britânicas para envolver a comunidade internacional na condenação do Irã irritaram Teerã. Já a Grã-Bretanha criticou a exibição dos militares na televisão iraniana, dizendo que as admissões de culpa foram forçadas.

Na segunda-feira, Ali Larijani, secretário do Supremo Conselho Nacional de Segurança do Irã, disse acreditar que a diplomacia bilateral resolverá a crise rapidamente. A Grã-Bretanha respondeu dizendo que também deseja negociações para encerrar a crise.

Os preços do petróleo caíram nesta terça-feira com as novas esperanças de solução diplomática para o 12o dia de impasse que elevou a tensão no Oriente Médio e ajudou os preços do petróleo a subirem 10 dólares.

"As próximas 48 horas serão muito críticas", disse Blair a uma rádio da Escócia.

"Não estamos procurando conflito e na verdade a coisa mais importante é trazer as pessoas de volta com segurança. E se eles querem resolver isso de maneira diplomática, a porta está aberta."

A Grã-Bretanha insiste que os marinheiros estavam em águas iraquianas, em missão de rotina da ONU, mas Teerã afirma que estavam em seu território.

Especialistas dizem que as fronteiras marítimas entre o Irã e o Iraque não são bem definidas, o que pode dar espaço a debates.

Larijani não pediu para os britânicos se desculparem. Ele disse que o Irã quer garantias de que não haverá mais violações de fronteiras, mas que não há necessidade de colocar os marinheiros em julgamento.

"Certamente não é uma disputa que não tem solução", disse Martin Pratt, diretor da Unidade de Pesquisa de Fronteiras Internacionais da Universidade Durham, da Grã-Bretanha.

"O fato de que a linha na costa muda constantemente significa que mais assuntos terão que ser levados em consideração do que se houvesse mais estabilidade e se houvesse acordo sobre a bases exatas das fronteiras."

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]