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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, classificou o acordo entre o Irã e seis potências mundiais como um “erro histórico”. “O acordo oferece concessões amplas em todas as áreas, que, na verdade, deveriam impedir o Irã de obter a capacidade de se armar com uma arma nuclear. O desejo de assinar um acordo era mais forte do que todo o resto”, disse ele. Netanyahu telefonou para o presidente americano, Barack Obama, e disse que, com o acordo, o Irã poderá ter armas nucleares em até 15 anos.

A ministra das Relações Exteriores, Tzipi Hotovely. deu a entender que o país vai pressionar parlamentares norte-americanos para votarem contra o acordo. “As implicações deste acordo para o futuro próximo são muito graves”, disse. “O Estado de Israel irá empregar todos os meios diplomáticos para evitar a confirmação do acordo”. O governo israelense acusa o Irã de apoiar inimigos do Estado judeu, como o Hizbollah, no Líbano, e o Hamas, nos territórios palestinos.

A principal reclamação é que o acordo vai deixar o Irã com um “limite” de energia nuclear suficiente construir uma arma. Netanyahu advertiu ainda que aliviar as sanções econômicas dará “centenas de bilhões de dólares” para o governo do Irã reforçar o apoio aos seus aliados no Oriente Médio, que são inimigos de Israel.

A Arábia Saudita, cuja população segue majoritariamente o ramo sunita do islamismo, teme que o acordo aumente a influência regional de seu rival Irã, que é xiita. “Como vizinhos do Irã, nós aprendemos nos últimos 40 anos que a boa vontade nos levou apenas a colher uvas amargas”, disse uma autoridade que pediu anonimato. O país não se pronunciou oficialmente sobre o acordo.

Em Teerã, a notícia do acordo causou euforia. Alegria, alívio e orgulho eram os sentimentos dominantes entre os iranianos, que vêm sofrendo com o embargo econômico, nas ruas e nas redes sociais.

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