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Mulheres ajustam máscaras cirúrgicas após viajarem do México à São Ysidro, na Califórnia | Jewel Samad / AFP Photo
Mulheres ajustam máscaras cirúrgicas após viajarem do México à São Ysidro, na Califórnia| Foto: Jewel Samad / AFP Photo

Nenhuma região do mundo está a salvo do vírus da gripe suína , disse nesta segunda-feira (27) o "número 2" da Organização Mundial da Saúde, Keiji Fukuda.

"Em uma época em que as pessoas viajam de avião muito rapidamente através do mundo, não há nenhuma região em que o vírus não possa se expandir", disse Fukuda durante teleconferência desde a sede da OMS, em Genebra, na Suíça.

Mais cedo, a agência da ONU decidiu elevar o alerta na escala de risco de pandemia por causa do aumento de confirmações de casos da doença pelo mundo, revelou o especialista. O alerta, que estava na nível 3, subiu para fase 4, o que significa um aumento do risco de pandemia, mas não que ela seja inevitável.

Mais cedo, a OMS havia revisado sua escala de alerta de pandemia, dividida em seis pontos, e divulgado um relatório explicando cada fase. Segundo a OMS, a fase 5 do alerta corresponderia a um forte sinal de que uma pandemia é "iminente". O nível 4, diz o relatório, é caracterizado pela transmissão de humano a humano espalhada em comunidades. A fase cinco incluiria a transmissão em pelo menos dois países de uma mesma região. E a fase seis seria caracterizada por uma pandemia global, pelo espalhamento da doença em mais de uma região.

Fukuda pediu aos países que fortaleçam suas medidas para se prevenir da doença, mas disse que fechar fronteiras e impor restrições a viagens não seria bom no momento.

Ele disse que, no momento, o ideal é mitigar, em vez de conter a doença.

"Uma pandemia não é considerada inevitável agora", disse. "A situação é fluida e continua a evoluir."

Ele disse também que os especialistas precisam de mais dados para determinar se existe um reiterado contágio entre humanos, e defendeu a continuação da produção das atuais vacinas contra a gripe sazonal (comum).

"A OMS deve monitorar a situação com cuidado e facilitar o processo de desenvolver uma vacina contra essa nova cepa de vírus H1N1", disse.

México

O governo do México informou que o número de mortes supostamente provocadas pelo surto atinge 149 em todo o país e deve subir. Os casos ocorrem possivelmente em dez estados do país, e atingem principalmente pessoas na faixa entre 20 e 50 anos.

Por conta da epidemia, o governo estendeu a suspensão das aulas em todas as escolas dos 52 estados do país até 6 de maio, segundo o ministro da Saúde, José Angel Córdova.

Até esta segunda-feira, o alerta estava na fase 3. A mudança revela um aumento significativo do alerta, mas não aponta nenhuma conclusão definitiva sobre o quanto a doença ainda pode se espalhar.

A gripe suína já contaminou centenas de pessoas no México, e teve confirmação de infecção nos Estados Unidos, no Canadá, na Espanha e na Escócia.

A França, que suspeitava que quatro pessoas podiam estar infectadas, descartou três dos casos detectados em pessoas que viajaram ao sul dos Estados Unidos ou ao México, confirmou o Instituto de Vigilância Sanitária (INVS) local.

Essas quatro pessoas foram submetidas à averiguação ao apresentarem uma série de sintomas, como febre ou mal-estar geral, o que fez com que fossem incluídas na definição de "casos suspeitos" pela INVS.

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