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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acusou hoje o Irã de pretender tirar proveito da caótica crise política no Egito para ali criar "outra Faixa de Gaza" governada por fundamentalistas islâmicos. Em discurso no Parlamento, o chefe de governo israelense manifestou a expectativa de que qualquer novo governo egípcio honre o acordo de paz entre o Cairo e Tel-Aviv, vigente há mais de três décadas.

Ele comentou que grupos islâmicos já chegaram democraticamente ao poder no Irã, no Líbano e em Gaza e acusou os iranianos de quererem que o Egito "retorne à Idade Média", mas não explicou como a República Islâmica estaria agindo para atingir o suposto objetivo. "Eles querem que o Egito se transforme em outra Faixa de Gaza, governada por forças radicais contrárias a tudo o que queremos, contrárias a tudo o que o mundo democrático quer", disse Netanyahu.

Também hoje, o ministro das Finanças de Israel, Yuval Steinitz, disse não estar preocupado com a possibilidade de uma interrupção do fluxo de gás natural proveniente do Egito, mas admitiu que o governo israelense acompanha com "significativa preocupação" os acontecimentos no país vizinho. Quase 40% do gás natural consumido em Israel é importado do Egito.

"Nós não estamos muito preocupados com o fornecimento de gás porque efetuamos nossas próprias descobertas. Temos nossos próprios campos de gás e podermos substituí-los dentro de um ou dois anos. Mas observamos a situação como um todo com significativa preocupação", disse ele, em entrevista à emissora norte-americana de televisão Fox Business. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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