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O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu deu detalhes de sua posição para a nova rodada de negociações de paz com palestinos, prevista para a próxima semana nos Estados Unidos. Netanyahu afirmou que um futuro estado palestino deverá ser desmilitarizado, reconhecer Israel como terra natal do povo judeu e respeitar os interesses vitais de segurança de Israel. Algumas de suas demandas já foram rejeitadas pelos palestinos.

"Vamos às negociações com um desejo genuíno de alcançar um acordo de paz entre os dois povos, enquanto protegendo os interesses nacionais de Israel, principalmente de segurança," afirmou Netanyahu a seu gabinete. Estas foram as primeiras declarações do primeiro-ministro israelense desde que a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, anunciou na sexta-feira que os dois lados retomarão as negociações diretas, em um encontro em Washington na próxima semana.

"Atingir um acordo de paz entre nós e a Autoridade Palestina é difícil, mas possível. Estamos falando de um acordo de paz entre Israel e um estado palestino desmilitarizado, e este estado, se for estabelecido ao final do processo, deve encerrar o conflito, não ser a base para sua continuação por outros meios," afirmou Netanyahu.

Ele não forneceu detalhes sobre demandas adicionais de segurança mas no passado havia dito que Israel terá de manter presença ao longo da fronteira com a Jordânia em West Bank, para evitar o contrabando de armas. Os palestinos, que reivindicam West Bank como parte de seu futuro estado, rejeitam a presença israelense.

Netanyahu também diz que os palestinos devem reconhecer Israel como estado do povo judeu, do mesmo modo que Israel reconhecerá o estado palestino. Os palestino se negaram a aceitar esta demanda, dizendo que isto prejudicaria os direitos das minorias árabes em Israel e comprometeria o direito de refugiados palestinos de retornar a seus lares, deixados durante o estabelecimento de Israel, em 1948.

Estas posições indicam quanto trabalho está por vir para o presidente Barack Obama, que espera chegar a um acordo dentro de um ano.

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