O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse nesta segunda-feira que espera manter negociações diretas com os palestinos "em um futuro muito próximo".
"Nós estamos prontos para ir ao Cairo, Washington, prontos para ir a qualquer lugar fazer este processo andar", disse ele, depois de conversas com o primeiro-ministro grego, George Papandreou, em Atenas.
As potências envolvidas no processo de paz no Oriente Médio estão trabalhando em um comunicado que estabeleça as bases para conversas diretas entre Israel e palestinos.
Netanyahu tem repetido que Israel deseja negociações diretas, mas insistiu para que não haja nenhuma pré-condição.
O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, disse que qualquer conversa direta deve estar baseada em termos claros que contemplem a criação de um Estado palestino independente, delimitado pelas fronteiras de 1967, antes da Guerra dos Seis Dias.
Papandreou apoiou o pedido de Netanyahu para conversas diretas.
"É necessário que as conversas diretas entre Israel e os palestinos comecem imediatamente. Esta é a maneira mais eficaz de chegar a uma paz viável", disse ele em coletiva de imprensa. "Contribuiremos de qualquer maneira que pudermos".
Netanyahu disse a repórteres que em suas conversas com Papandreou eles discutiram passos a serem tomados no futuro próximo. Um assessor disse que ele se referiu a medidas adicionais para construção de confiança.
O quarteto, formado por Estados Unidos, União Europeia, Rússia e Organização das Nações Unidas (ONU), afirmou em comunicado em março que Israel deveria interromper a expansão de assentamentos na Cisjordânia ocupada e chegar a um acordo com os palestinos em 24 meses, criando um Estado independente baseado nas fronteiras pré-1967.
O premiê israelense deu início a uma visita oficial à Grécia na segunda-feira, em um sinal de que Israel está mirando além de sua conturbada aliança com a Turquia para parcerias estratégicas no Mediterrâneo.
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