O futuro primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e a líder centrista, Tzipi Livni, renovaram os contatos para explorar a opção de formar um governo conjunto, informou a imprensa israelense nesta sexta-feira.
Os contatos, aparentemente conduzidos via intermediários, foram apenas em um nível exploratório, mas se bem sucedidos, podem ajudar o líder direitista Netanyahu a evitar tensões com a administração do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, sobre estratégias de paz no Oriente Médio.
O partido Kadima, de Livni, havia encerrado as conversas para uma colizão com Netanyahu no início deste mês após Livni acusá-lo de não estar comprometido com a criação de um Estado palestino independente, como proposto pelos Estados Unidos.
Mas enviados de Netanyahu, líder do partido de direita Likud, e Livni, líder do Kadima e atual ministra de Relações Exteriores, têm tido contatos extra-oficiais, disseram autoridades em ambos os partidos, confirmando informações da imprensa israelense.
É incerto se as negociações oficiais serão recomeçadas, pois Netanyahu insiste em conversas para um governo único, com partidos de direita.
Yoel Hasson, alto parlamentar do Kadima, disse que o partido "estaria feliz em renovar conversas de união" com Netanyahu, mas na condição de que qualquer governo de união cumpra as metas das políticas de Livni, o que inclui a criação de um Estado palestino.
Netanyahu, que foi primeiro-ministro entre 1996 e 1999, tem até o dia 3 de abril para formar um governo, após ter sido nomeado pelo presidente, Shimon Peres, no mês passado, para formar uma coalizão após as eleições parlamentares de 10 de fevereiro.
Netanyahu quer que os contatos com os palestinos sejam focados em questões econômicas e de segurança ao invés sobre território, um modelo que os líderes palestinos rejeitam.



