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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu| Foto: EFE/EPA/Ohad Zwigenberg

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, confirmou nesta terça-feira (19) que enviará dois de seus assessores mais próximos aos Estados Unidos para discutir a operação israelense em Rafah, localizada no sul da Faixa de Gaza, que ele considera inegociável, após o pedido feito no dia anterior pelo presidente americano, Joe Biden.

O gabinete de Netanyahu anunciou que enviará em breve o ministro de Assuntos Estratégicos, Ron Dermer, e o assessor de Segurança Nacional, Tzachi Hanegbi, além de um representante do COGAT, o braço do Ministério da Defesa que lida com assuntos civis na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.

"Por respeito ao presidente [Joe Biden], concordamos em como eles poderiam apresentar suas ideias para nós, especialmente no lado humanitário [já que], é claro, compartilhamos totalmente o desejo de facilitar uma saída ordenada da população [de Rafah] e o fornecimento de ajuda humanitária para a população civil", disse Netanyahu horas antes, na abertura do comitê de assuntos externos e segurança do Knesset (Parlamento israelense).

Na segunda-feira (18), na primeira ligação entre os dois líderes em um mês e após vários confrontos, Biden pediu a Netanyahu que enviasse uma equipe de "especialistas militares, de inteligência e humanitários" o mais rápido possível para discutir alternativas à ofensiva terrestre em Rafah.

Para Netanyahu, a ofensiva não é negociável, e o primeiro-ministro israelense diz que o Exército já elaborou um plano de ação.

"O presidente [Biden] rejeitou mais uma vez que demonstrar preocupação com Rafah é o mesmo que questionar a necessidade de acabar com o [grupo terrorista palestino] Hamas", disse ontem o assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, acrescentando que "uma grande operação terrestre no local será um erro e causará mais mortes de civis". Segundo ele, "os objetivos que Israel quer atingir em Rafah podem ser alcançados por outros meios".

Para Netanyahu, no entanto, não tentar tomar Rafah - onde, segundo Israel, quatro batalhões do Hamas permanecem ativos - deixaria "20% do Hamas" intacto, o que fará com que "se reorganize e retome a Faixa de Gaza, representando uma nova ameaça a Israel".

"Deixei o mais claro possível para o presidente [Biden] que estamos determinados a concluir a eliminação desses batalhões em Rafah, e não há como fazer isso sem uma incursão terrestre", reiterou Netanyahu nesta terça-feira sobre a conversa telefônica entre os dois.

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