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Netanyahu: declarações polêmicas repercutem após a eleição. | GT/BLA/DN/POOL
Netanyahu: declarações polêmicas repercutem após a eleição.| Foto: GT/BLA/DN/POOL

Enquanto recebia formalmente a recomendação de 67 dos 120 parlamentares recém-eleitos para o Knesset (o Parlamento israelense), seis a mais do que o necessário para ser reconduzido ao governo, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu tentava ontem acalmar os ânimos, dentro e fora de Israel, por comentários feitos por ele durante a campanha.

Em encontro com líderes da minoria árabe-israelense, o premiê se desculpou pelo vídeo divulgado no dia das eleições (17 de março), no qual apelava por votos alegando que os árabes estariam “votando em massa”, e que isso seria um “perigo” para a manutenção da direita no poder.

“Sei que o que eu disse alguns dias atrás ofendeu os árabes israelenses. Não tive a intenção de fazer isso e peço desculpas. Me vejo como primeiro-ministro de cada um de vocês, de todos os cidadãos israelenses, independentemente de religião, raça e gênero”, afirmou Netanyahu ontem.

Reações

O líder da Lista Árabe Unida, Ayman Odeh, partido que representa a minoria árabe, rejeitou o pedido, afirmando se tratar de “outro ziguezague do homem conhecido por ziguezaguear”. Além do polêmico vídeo, Netanyahu causou repúdio internacional ao prometer que, se fosse reeleito, não colaboraria para a criação de um Estado palestino.

O governo Barack Obama reafirmou sua preocupação com as recentes declarações de Netanyahu. Segundo o chefe de gabinete da Casa Branca, Denis McDonough, a recusa do primeiro-ministro de uma solução com dois Estados e a intenção de mater assentamentos em Jerusalém são “preocupantes”.

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