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Netanyahu  conversou com representantes dos 130 mil judeus de origem etíope que vivem no país | RONEN ZVULUN/REUTERS
Netanyahu conversou com representantes dos 130 mil judeus de origem etíope que vivem no país| Foto: RONEN ZVULUN/REUTERS

Após confrontos que deixaram mais de 60 policiais e manifestantes feridos na noite de domingo (3), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, recebeu líderes da comunidade judaica israelense de origem etíope e pediu uma união nacional contra o racismo. O presidente Reuven Rivlin fez um mea culpa e afirmou que o governo não tem escutado o suficiente os judeus etíopes, que se queixam de discriminação e violência policial.

“Devemos estar unidos contra o fenômeno do racismo, denunciá-lo e erradicá-lo”, disse Netanyahu.

Os confrontos entre policiais e manifestantes foram considerados como alguns dos mais graves já ocorridos nos últimos 60 anos e levaram líderes da comunidade etíope a pedirem um encontro com o premier. Por três horas, Netanyahu conversou com representantes dos 130 mil judeus de origem etíope que vivem no país, além de ministros responsáveis por traçar um plano para resolver o problema.

Imagens do soldado Damas Pakada sendo agredido por dois policiais na cidade de Holon, perto de Tel Aviv, enfureceram a comunidade etíope e levaram centenas às ruas no domingo. No encontro, Netanyahu cumprimentou Pakada e se disse chocado com as imagens.

“Estou contente que esteja aqui. Fiquei emocionado ao ver (o vídeo da agressão). É preciso mudar as coisas”, disse o premier ao soldado Pakada.

O premier destacou declaração de Pakada feita na noite anterior contra a violência, afirmando que ela era “uma declaração de liderança”.

“Quem sabe dessa situação tão ruim saia algo de bom”, comentou o primeiro-ministro.

O presidente Reuven Rivlin acrescentou que o episódio revela “uma ferida aberta no coração da sociedade israelense”, “a dor de uma comunidade que grita sua sensação de discriminação, racismo e falta de resposta”.

“Devemos encarar a ferida aberta de forma direta. Nós erramos. Não vimos nem ouvimos o suficiente. Todos somos cidadãos israelenses e parte do mesmo povo”, disse Rivlin, que condenou o uso da violência por parte dos manifestantes.

O protesto começou às 15h de domingo na Praça Rabin, mas logo manifestantes e policiais entraram em confronto. A polícia usou gás lacrimogêneo para tentar dispersar a multidão, enquanto os manifestantes jogaram pedras e garrafas. Mais de 40 pessoas foram presas e pelo menos 56 policiais e 12 manifestantes ficaram feridos.

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