• Carregando...

Benjamin Netanyahu, considerado favorito para tornar-se o próximo primeiro-ministro de Israel na eleição do dia 10, disse neste sábado (31) que o Irã "não será armado com uma arma nuclear". Em entrevista ao Canal 2 da televisão israelense, Netanyahu afirmou que, caso seja eleito, sua primeira missão será "acabar com a ameaça nuclear iraniana". Indagado sobre se suas opções para deter o programa nuclear do Irã incluiriam uma ação militar, o líder do partido direitista Likud disse que elas "incluem tudo o que for necessário para tornar essas declarações realidade". Ele qualificou o Irã como "o maior perigo para Israel e para toda a humanidade".

O Irã, que ao contrário de Israel é signatário do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, sustenta que seu programa é voltado para a geração de energia e não tem finalidades militares. Inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, da Organização das Nações Unidas - ONU) fizeram numerosas inspeções nas instalações nucleares iranianas e sempre relataram que não há sinais de que exista um programa nuclear militar no país.

O Canal 2 também entrevistou, separadamente, os outros dois candidatos à chefia do governo, a ministra das Relações Exteriores, Tipzi Livni, do partido Kadima, e o ministro da Defesa, Ehud Barak, do Partido Trabalhista. Ambos responderam a perguntas de telespectadores sobre como Israel deverá lidar com o Movimento Islâmico de Resistência (Hamas, na sigla em árabe) e os foguetes disparados frequentemente por militantes palestinos desde a Faixa de Gaza.

"O Hamas foi atingido como nunca antes. Se eles nos provocarem novamente, serão atingidos novamente", disse Barak, referindo-se à ofensiva militar de 22 dias lançada por Israel contra a Faixa de Gaza em dezembro, que deixou mais de 1.300 palestinos mortos. Ao justificar a ofensiva, o governo israelense argumentou que seu objetivo era deter os ataques com foguetes lançados a partir de Gaza, embora os disparos feitos pelos palestinos durante a trégua com o Hamas (de junho a dezembro) não tenham matado nenhum israelense. No mesmo período, 27 palestinos foram mortos em ações militares lançadas por Israel.

Acordo

Livni disse que "se o Hamas ainda não entendeu a mensagem, Israel atacará novamente". Ela descartou qualquer possibilidade de negociar com o Hamas, que governa A faixa de Gaza desde que venceu a eleição parlamentar palestina de 2006. "Não pretendo chegar a qualquer acordo com o Hamas. Faço acordos com quem aceita a minha existência. Eles não reconhecem Israel e não renunciam à violência e ao terrorismo. Eles não serão parte de nenhum acordo e, por isso, o povo de Gaza tem que expulsar o Hamas de seu meio", afirmou a ministra.

Embora o Hamas nunca tenha reconhecido oficialmente o direito de Israel de existir, dois de seus dirigentes reconheceram Israel em declarações feitas durante o ano passado. Ambos foram assassinados em ações militares israelenses.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]