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Dias depois de dizer que não permitiria a criação de um Estado palestino durante o seu mandato, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, parece ter voltado atrás. Em entrevista à rede americana NBC, ele disse que continua comprometido com uma solução que preveja dois Estados, mas que as atuais circunstâncias não favorecem essa opção.

“Eu não desejo uma solução um Estado. Quero uma solução dois Estados pacífica e sustentável. Mas, no momento, as circunstâncias têm que mudar”, disse, em suas primeiras declarações a uma emissora americana depois do resultado das eleições legislativas israelenses.

A afirmação feita durante a campanha - quando também disse que continuaria com os assentamentos em terras árabes e acusou organizações de esquerda de transportarem eleitores árabes aos locais de votação com o objetivo de prejudicá-lo - havia sido criticada por Washington. A Casa Branca havia classificado sua retórica em relação aos árabes de desagregadora e fontes no governo disseram ao jornal The New York Times que Washington poderia rever sua posição e apoiar uma resolução da ONU para a criação de um Estado palestino com base nas fronteiras de 1967.

Na entrevista desta quinta-feira (19), Netanyahu disse ainda que EUA e Israel são os melhores aliados e que não têm outra alternativa a não ser trabalharem juntos. “Podemos ter diferenças, mas temos muitas coisas que nos unem e temos uma situação muito perigosa no Oriente Médio que é um desafio comum”, afirmou.

Sua vitória, no entanto, parece ter sido recebida com certa frieza. Analistas apontam um distanciamento cada vez maior entre o premier israelense e o presidente Barack Obama, indicando que cada vez mais ele poderá passar a lidar diretamente com o secretário de Estado, John Kerry. “Kerry me telefonou ontem (para cumprimentar pela vitória) e estou certo de que falarei em breve com o presidente Obama”, acrescentou.

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