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Aeroporto de Edimburgo, na Escócia, foi fechado após a forte nevasca, no pior início de inverno na Europa em quase duas décadas | David Moir/Reuters
Aeroporto de Edimburgo, na Escócia, foi fechado após a forte nevasca, no pior início de inverno na Europa em quase duas décadas| Foto: David Moir/Reuters

BBC

Série mostrará as regiões mais frias e quentes

A primeira reportagem da série "Mundo de Extremos", que será divulgada pela BBC no rádio, tevê e internet ao longo dos próximos meses, vai explorar as regiões mais quentes e mais frias do planeta. O jornalista Adam Mynott visitou a cidade russa de Oymyakon, oficialmente o lugar habitado mais frio do planeta. Lá, a temperatura média em janeiro é de -46oC. Depois ele foi a El Aziza, na Líbia, onde a temperatura chegou a 57,7oC em setembro de 1922.

  • Veja no infográfico detalhes da onda gelada que chegou junto com o inverno no Hemisfério Norte

Londres - Aeroportos fechados, tráfego de trens Eurostar com perturbações, milhares de caminhões bloqueados em estradas impraticáveis: uma parte da Europa, da Grã-Bre­­­­tanha até a Itália, ficou paralisada ontem pelo frio e pela neve que já fizeram uma dezena de mortos nas últimas 24 horas no leste do continente.

A onda de frio continua a as­­solar o Reino Unido, com mínimas de -20°C à noite nas High­­lands, na Escócia. Muitas escolas ficaram fechadas pelo terceiro dia consecutivo. Atrasos e cancelamentos afetam os trens Eu­­ro­­star entre Londres, Paris e Bru­­xe­­las, enquanto que nos aeroportos de Gatwick, ao sul da capital britânica, e de Edimburgo, na Escócia, estiveram fechados pela manhã. O London City Airport teve cancelamento de um grande número de voos.

Na Suíça, o aeroporto internacional de Genebra teve de interromper também seu funcionamento ontem em razão da neve que cai sem parar. Foram registrados cerca de 25 acidentes, que deixaram quatro feridos leves, desde terça-feira à tarde nas es­­tradas. A situação foi classificada como "extremamente difícil".

Na Alemanha, 60 voos foram cancelados na parte da manhã de ontem no aeroporto internacional de Frankfurt após o fechamento de uma pista por causa do vento.

Eletricidade

Na França, o consumo de eletricidade, que aumenta com o frio por causa do uso de equipamentos elétricos de aquecimento pe­­la população, bateu recorde, ao ponto de surgirem ameaças de quedas de energia na Bretanha (oeste).

Nas estradas, a neve que cai forte deixa a situação muito com­­plicada no centro. Por isso a circulação de caminhões foi proibida nas regiões de Auvergne e Ró­­dano-Alpes, voltando a ser autorizada à tarde no vale do Ródano. Os transportes escolares foram suspensos.

Por consequência, uma dezena de milhares de caminhões ficaram parados durante a noite de terça-feira para ontem no cen­­tro-leste e sudeste da França.

Na Itália, a neve deixou mais lenta a circulação em cidades co­­mo em Milão e nas autoestradas das regiões de Lombardia, Pie­­monte e Emilia-Romanha. O cen­­tro de Veneza esteve sob água após a maré ter subido até 111 cm. Em Roma, o Tibre está também cheio por causa das fortes chuvas que caem na capital e na região.

Na Albânia, o governo decretou estado de "catástrofe natural" no norte, região assolada por inundações desde domingo: centenas de casas, milhares de hectares de terras agrícolas, estradas e vias férreas foram invadidas pelas águas. Várias rotas secundárias continuam bloqueadas no centro e no norte de Portugal pelo terceiro dia seguido.

Transporte escolar

Na Espanha, o frio e a neve se­­guem criando problemas, em particular para o transporte es­­colar, no norte e no centro. Na Po­­lônia, a onda de frio fez oito mortos em 24 horas, totalizando 15 óbitos em novembro. A maioria das vítimas estava "sob efeito de álcool", segundo a polícia. Em Bialystok, no leste, as temperaturas caíram para -33°C.

Não muito distante, na Lituâ­­nia, dois sem-tetos faleceram no fim de semana. Na República Tche­­ca ao menos três pessoas morreram de frio nas últimas 24 horas.

A neve que cai forte perturba o tráfego nas estradas, especialmente na principal auto-estrada do país (D1), onde ocorreram vários acidentes graves hoje.

Na Noruega, neste mês de no­­vembro deve ficar para a his­­tória como o mais frio desde 1919, com uma diferença de 4°C em relação à média da estação.

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