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 | Boyoun Kim
| Foto: Boyoun Kim

O próximo grande smartphone, ou talvez o próximo depois dele, pode não usar uma bateria tradicional. Em vez disso, ele pode captar energia do ar, ou carregar através dos sinais de televisão, de celular ou de Wi-Fi. Há anos, os engenheiros da Apple têm realizado testes com a carga solar, afirmam os atuais e ex-funcionários. As baterias, há muito o primo pobre dos chips dos computadores do Vale do Silício, agora se tornaram sua ira.

Enquanto as empresas de tecnologia dedicam-se a fim de criarem dispositivos que podem ser vestidos, as limitações da tecnologia das baterias se tornaram o maior obstáculo. Os consumidores têm menor propensão a abraçar um computador de pulso como o que está sendo criado pela Apple, ou os óculos smart do Google, se suas baterias tiverem pouca duração. A tecnologia das baterias está em grande parte presa ao século 20. Os fabricantes de dispositivos dependiam das melhorias nos acréscimos na duração da bateria, agora fornecidas pelas antigas misturas feitas com íons de lítio, em conjunto com telas e chips de maior eficiência energética.

O problema, em parte, é que é difícil garantir a segurança de muitas novas tecnologias. Uma bateria defeituosa pode se transformar em uma bomba em miniatura. Assim, os produtos precisam ser testados exaustivamente. Depois, a mudança sempre requer a adoção das principais marcas antes dos consumidores se sentirem plenamente seguros.

Alguns no Vale do Silício, como Tony Fadell, o ex-executivo da Apple que liderou o desenvolvimento do iPod e do iPhone, acha que é mais inteligente se concentrar no aprimoramento das baterias e de outros componentes, em vez de tentar reinventar a bateria. "Não espere que a tecnologia de baterias consiga, porque é uma tecnologia incrivelmente lenta", declarou Fadell, que é atualmente o diretor executivo da Nest, a fabricante da tecnologia dos aparelhos domésticos que foi comprada pelo Google no mês passado.

Fadell disse que a Apple tentou por muitos anos acrescentar a carga solar aos iPhones e iPods. Porém, o método nunca se provou prático porque os dispositivos móveis sempre ficam nos bolsos quando as pessoas estão do lado de fora, e a luz interna artificial gera apenas uma pequena quantidade de energia. Para o seu relógio, a Apple vêm testando um método para carregar a bateria sem fios através da indução eletromagnética, segundo uma pessoa informada sobre o produto. Tecnologia semelhante é utilizada em alguns smartphones da Nokia: quando o telefone é colocado em uma placa carregadora, uma corrente elétrica cria um campo magnético, que então o alimenta.

Outra experiência na Apple envolveu carregar a bateria através de movimentos, um método usado em muitos relógios. O balanço do braço pode carregar o dispositivo enquanto caminha, segundo patente solicitada pela Apple em 2009.

A Apple também tem uma patente de uma bateria flexível que pode caber em um relógio de pulso ou em um tablet. Embora a bateria fosse tradicional, ela teria uma forma fina e curvada que poderia facilmente se acoplar a uma camada de painel solar flexível.

A Samsung vem projetando novos tipos de baterias pensando nos computadores que podem ser vestidos. A empresa apresentou baterias compactas curvas que podem ser instaladas dentro de pulseiras. As universidades e start-ups estão criando os seus projetos – alguns tão ambiciosos quanto os da Apple. Os pesquisadores da Universidade de Washington em Seattle trabalham em um método para que os dispositivos sem fio se comuniquem sem usar alimentação por bateria. A técnica envolve captar a energia dos sinais de TV, dos celulares e das redes sem fio que já estão no ar, declarou Shyamnath Gollakota, professor assistente de Ciências e Engenharia da Computação.

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