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Dwayne Johnson atribui seus vários sucessos à esperança e ao otimismo | Ryan Conaty/The New York Times
Dwayne Johnson atribui seus vários sucessos à esperança e ao otimismo| Foto: Ryan Conaty/The New York Times

Dwayne Johnson, um lutador que se tornou ator e até recentemente era mais conhecido como “the Rock” (a Rocha), deveria ser o herói consumado de nosso tempo, atraindo igualmente velhos e jovens, homens e mulheres.

Ele é uma celebridade multiétnica de longo alcance em uma época em que o público deseja diversidade, e um usuário experiente da tecnologia social.

Mas ele pode ser o mais estranho superstar, um ser raro cujas façanhas — campeão de bilheterias em 2013, quatro vezes apresentador de “Saturday Night Live” — são uma constante surpresa.

Ao contrário das sequências e franquias em que se superou, seu último filme, “San Andreas”, hoje em lançamento mundial, é seu primeiro papel de primeira linha em uma história original de grande orçamento. Juntamente com a série da HBO “Ballers”, que estreia este mês, e a comédia que está filmando com Kevin Hart aqui em Massachusetts, “Central Intelligence”, o filme poderá consolidar a estatura de Dwayne Johnson como um dos principais atores de cinema.

“Em termos de apelo ao consumidor, ele está no campeonato com Brad Pitt”, disse Henry Schafer, da Q Scores Company, que mede o índice de aprovação das celebridades. E Johnson mantém uma nota muito acima da média.

Os maiores sucessos de Johnson na tela vieram em filmes de conjunto. “Hércules”, no ano passado, dirigido por Brett Ratner, foi considerado um fracasso nos Estados Unidos, mas faturou mais de US$ 170 milhões no exterior. A atuação dele se tornou global.

“Hoje em dia você não será um astro de cinema se não tiver apelo internacional”, disse Jeanine Basinger, presidente do departamento de estudos de cinema na Universidade Wesleyan, em Connecticut.

Johnson é um lutador de terceira geração e o único filho de um afro-americano com uma samoana. Ao ouvi-lo contar, este momento é o ápice de vários anos de luta só para fazer Hollywood aceitá-lo em toda a sua glória sinuosa e piadista. A batalha significou mudar totalmente sua equipe empresarial.

“Eu vou me divertir com isto”, disse ele sobre seus objetivos de chegar à lista A, “e eu tenho de ser eu, eu tenho de ser eu.”

“Ao chegar a Hollywood, aprendi a lição da maneira mais dura”, acrescentou.

Em 2004, depois de uma luta com plateia lotada em Nova York, Johnson afastou-se da luta livre e fez incursões na atuação, com o apoio de Vince McMahon, o empresário de lutadores. Foi McMahon quem convenceu o produtor Lorne Michaels a deixar a Rocha apresentar o “Saturday Night Live” em 2000. As expectativas não eram altas, mas ele agradou.

Enquanto abria caminho em Hollywood, passando de papéis de fortão (“O Rei Escorpião”) a outros que exigiam habilidade cômica (“Agente 86”), Johnson abandonou seu nome de lutador e foi aconselhado, segundo ele, a reduzir seu físico de mais de 110 quilos para se parecer mais com outros atores principais. “Se você não sabe direito, acredita nessas coisas”, disse ele, xingando. “Mas nunca me pareceu ótimo. Fisicamente, não parecia nada ótimo.”

Johnson criticou o cinismo que encontrou em Hollywood. “Você vai muito mais longe com otimismo e esperança”, disse.

Com “San Andreas”, ele teria ganho US$ 12 milhões. No filme, interpreta um especialista em busca e salvamento em Los Angeles. Quando a maior parte da Califórnia é abalada por um terremoto, ele decide salvar sua ex-mulher e sua filha.

Os amigos o chamam de DJ, mas ele também responde alegremente a “the Rock” — é como o chama o presidente Barack Obama, com quem se encontrou algumas vezes. Não é fácil preservar uma aura de homem comum quando se é amigo de presidentes.

Ele se formou em criminologia na Universidade de Miami e pensou em entrar para o FBI, mas o fato de ser um astro do futebol universitário interferiu. “Eu queria jogar no campeonato nacional e queria ganhar muito dinheiro”, diz ele. “Queria comprar uma casa para minha mãe.”

O campeonato nunca o chamou, mas ele comprou a casa para seus pais em 1999, antes de comprar uma para si mesmo.

No Colegial, não tinha amigos. Achavam que ele era um policial a paisana.

Sua popularidade atual — quase 23 milhões de seguidores no Twitter e no Instagram — é uma prova de sua abertura. Brad Peyton, diretor de “San Andreas”, disse: “Quanto maior a sala, mais à vontade ele fica”.

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