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Patterson, que começou a fumar aos nove anos, participa de campanha antifumo; ele mostra fotos de uma cirurgia | Ben Huff /The New York Times
Michael Patterson, que começou a fumar aos nove anos, participa de campanha antifumo; ele mostra fotos de uma cirurgia| Foto: Ben Huff /The New York Times

Todo mundo tem uma história para contar. Pode ser uma grande aventura, um episódio cômico ou simplesmente uma vida com seus altos e baixos.

O modo como você conta sua história influencia se você vai conseguir aquele emprego que tanto quer ou vai obter financiamento para a empresa dos seus sonhos.

É aí, como escreveu Alina Tugend no "NYT", que os treinadores (coaches) de histórias entram em cena. "As especificidades da narrativa são relativamente fáceis de se articular", disse Andrew Linderman, que dá oficinas e treinamento individual e cujos clientes incluem a American Express, a editora Random House e uma rede de televisão pública.

"São as nuances que diferenciam a história."

Uma coisa é certa: sua história deve usar exemplos específicos para ilustrar suas teses. Um problema que as pessoas encontram, segundo Linderman, é que os adultos costumam analisar e explicar uma experiência, em vez de descrever os fatos. Em vez de transmitir uma opinião como "meu chefe é um idiota", é mais eficaz demonstrar esse fato com exemplos específicos.

Também é importante ter início, meio e fim, como escreveu Tugend: "Ato 1, definição da cena; Ato 2, ação crescente; Ato 3, o ponto de inflexão; Ato 4, a queda da ação; e Ato 5, a conclusão ou despedida".

Esse padrão foi testado por Keith Quesenberry, palestrante no Centro para Educação e Liderança da Universidade Johns Hopkins em Baltimore, Maryland.

Com a ajuda de seus alunos de graduação, ele estudou dois anos de comerciais do Super Bowl, as finais do campeonato nacional de futebol. Eles descobriram que o público se conectava com os comerciais que tinham mais "atos" e os compartilhava mais na mídia social.

Conhecer seu público é provavelmente uma parte essencial da narrativa. Michael George Patterson, que contou sua história ao "NYT", é um caso exemplar.

Nativo do Alasca, ele usa sua experiência para ajudar outros de seu grupo étnico a evitar os erros que ele cometeu.

Patterson, 59, começou a fumar aos nove e hoje corre o risco de morrer em consequência dos anos que passou fumando, apesar de ter parado há sete anos.

No caminho, ele também experimentou depressão, violência e falta de moradia. E não é o único: cerca de 27% dos indígenas americanos e nativos do Alasca fumam, o índice mais alto entre qualquer grupo étnico dos EUA.

Mas, em vez de se entregar à morte, Patterson escolheu passar o resto de seu tempo tentando inspirar outros a tomar decisões melhores em suas próprias vidas.

Dirigindo-se a estudantes em Juneau, no Alasca, ele falou sobre sua filha e seus dois netos, lamentando que provavelmente não estará aqui para vê-los crescer e se tornar adultos. Ele também falou sobre a morte de sua mulher, com 50 e poucos anos, também fumante.

"Michael contar sua história pessoal é uma das coisas mais poderosas que podem ser feitas", disse ao "NYT" Tim McAfee, diretor do Departamento sobre Fumo e Saúde dos Centros para Controle e Prevenção de Doenças. A organização escolheu Patterson em 2012 para uma campanha nacional contra o cigarro.

Então, como você pode contar sua própria história? Escrevendo em um blog no "NYT", Michael Gonchar ofereceu uma lista de 500 perguntas destinadas a provocar ideias para narrativas e textos pessoais.

Entre as sugestões: Quais objetos contam a história da sua vida? Quem é sua família? Qual é seu lugar preferido? O que o motiva? Quando na sua vida você foi líder? Em que você é bom?

Com algumas ideias e um pouco de prática, você pode aprender a contar sua própria história.

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