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Interrompemos o noticiário regular sobre a ascensão dos videogames como esporte competitivo para levá-lo a um lugar diferente.

Lá fora. Vamos pescar.

Em meio a tanta inquietação nos EUA a respeito dos esportes universitários de alto rendimento —escândalos criminais, trapaças acadêmicas e dúvidas sobre a remuneração aos atletas—, o "New York Times" noticiou a existência de um grupo de esportistas que compete em uma arena mais tranquila.

O número de clubes de pesca no circuito universitário cresceu de 90 em 2009 para mais de 600. O campeonato nacional oferece um prêmio de US$ 30 mil. Algumas escolas concedem bolsas de estudo.

O programa da Universidade Bethel, no Tennessee, tem cerca de dez grandes patrocinadores. Há tantos candidatos a lugares na equipe que alguns são rejeitados.

E não se engane —os pescadores estão lá para ganhar. "Esses caras são competitivos", disse Kevin Hunt, do FLW College Fishing, um dos três grupos que patrocinam torneios. "É como no futebol americano e no basquete."

A pesca não é a única atividade rural que carrega a tiracolo a possibilidade de ganhar algum dinheiro e uma bolsa de estudos. Para estudantes que gostam de algo mais rude, os rodeios começam cedo. O "NYT" descreveu a cena numa recente competição em Utah:

"Havia crianças de cinco anos montadas em ovelhas e alunos do quarto ano sobre touros de 600 quilos, todos se esforçando muito para não cair. Meninas de blusa rosa se revezavam numa competição que consiste em sair a cavalo no encalço de uma cabra solta na arena, a fim de derrubá-la e amarrar suas patas com uma corda."

Não tem sido fácil preservar os rodeios como parte das tradições do Oeste dos EUA. Além do grande declínio na população agrícola, o preço da gasolina aumentou substancialmente nos últimos anos. Isso é um fator importante em competições juvenis, conforme observou o "NYT", porque os pais "levam seus filhos de evento em evento pelos Estados do Oeste, trazendo consigo os equipamentos necessários, como um caminhão, um reboque para os cavalos e um alojamento familiar portátil".

No entanto, Brynt Lindsey, presidente da Associação de Rodeios Juvenis de Utah, disse que 220 crianças participaram de seu mais recente evento, em comparação a cerca de 150 participantes cinco anos atrás. A peoa Caylee Bradshaw, 12, que viajou de Idaho para competir em Utah, zombou das crianças menos afortunadas da sua idade que se mostram "obcecadas com o celular".

"Essa é a prioridade número um deles, passar mensagem para o ex ou algo assim", disse Caylee.

Para quem deseja experimentar alguma novidade ao ar livre, mas prefere uma pulsação intermediária entre dar banho em minhoca e apanhar touro à unha, Christopher Solomon escreveu no "NYT" sobre sua tentativa de praticar o "skate ski", mescla de esqui e patinação que ele descreveu como o "irmão mais jovem e rapidinho" do tradicional esqui nórdico. São esquis diferentes, movimentos diferentes, superfícies mais lisas —e mais velocidade. "É repentino, é rápido, é gracioso", escreveu ele. "É até mesmo um pouco sexy, algo de que seu irmão mais velho, todo careta, jamais foi acusado."

Mas antes de largar o controle do videogame e sair correndo atrás de um pouco de agito, lembre-se deste alerta de Solomon: "Só há um problema no ‘skate ski’: ele é difícil."

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