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Nancy Finkelmeier trocou há mais de um ano suas tradicionais lâmpadas incandescentes por fluorescentes compactas que durariam mais, com a vantagem de não ter de trocá-las com tanta frequência nos seus cômodos de 4,5 metros de altura. Mas há um problema. "Eu não gosto daquela luz azul fria", disse Finkelmeier, enfermeira aposentada de Cincinnati, Ohio.

Por isso ela trocou as lâmpadas de novo, agora para as que usam uma tecnologia chamada diodo emissor de luz, ou LED, na sigla em inglês. Ela disse estar feliz com a luz mais quente e com as contas de eletricidade mais baixas.

É uma mudança que os fabricantes e órgãos reguladores esperam que outros também façam, especialmente os milhões que ficaram empacados nas tradicionais lâmpadas incandescentes devoradoras de energia, até mesmo estocando-as, enquanto os padrões americanos de eficiência eliminam gradualmente a maioria delas.

Órgãos reguladores europeus também vêm impelindo os consumidores a optarem por alternativas mais eficientes. No ano passado, a União Europeia completou seu programa gradual de eliminação das lâmpadas de 40 watts, o último modelo incandescente comum ainda disponível.

Há anos as fábricas vêm produzindo luzes de LED que, cada vez mais, imitam as incandescentes. Os preços também vêm caindo.

Os órgãos reguladores também se envolveram nisso. A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos revisou os padrões de iluminação de seu programa Energy Star, facilitando que mais LEDs se beneficiem de descontos. A Califórnia tem novas regras para controlar não só quanta eletricidade as lâmpadas usam, mas também como a luz é percebida.

"Nós queremos uma lâmpada pela qual as pessoas se apaixonem", disse Gary Flamm, da Comissão de Energia da Califórnia. Ele disse que o estímulo para novos preços e maior eficiência havia sacrificado a qualidade da luz.

Milhões de consumidores chegaram à mesma conclusão e estão evitando as fluorescentes compactas, apesar de elas gastarem 75% menos eletricidade do que as incandescentes-padrão.

As LEDs têm uma proposta diferente. Até recentemente, os clientes tinham que pagar cerca de US$ 30 por uma lâmpada —acréscimo significativo, mesmo considerando que a economia de eletricidade e a vida útil de décadas possam fazer a diferença em longo prazo. Mas vários fabricantes começaram neste ano a oferecer lâmpadas de LED por cerca de US$ 10.

A previsão é de que haverá um forte aumento nas vendas de LED, especialmente por causa dos subsídios que as concessionárias elétricas pagam para derrubar os preços. Para conseguir os subsídios, as fluorescentes compactas e as LEDs têm de usar somente determinada quantidade de energia e atender a requisitos como dispersar a luz em todas as direções e mostrar com precisão a cor dos objetos que elas iluminam.

A professora aposentada Karla Brizzi, de Iowa, relegou suas compactas fluorescentes a lugares como a lavanderia. Mas, quando ela precisa de "uma boa luz clara", usa lâmpadas Philips Halogena, um tipo de incandescente que atende aos novos padrões americanos, mas é muito menos eficiente do que as compactas fluorescentes e as LEDs.

"Estou velha", diz ela. "Quero ser capaz de ver."

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