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O grafeno é o material mais fino e mais resistente de que se tem notícia. Uma das formas do carbono, é capaz de conduzir eletricidade e calor melhor do que qualquer outra coisa. Ele não é apenas o material mais resistente do mundo, mas também um dos mais maleáveis.

Com apenas um átomo de largura, o grafeno poderá transformar a indústria dos aparelhos eletrônicos, introduzindo aparelhos flexíveis, computadores quânticos supercarregados, roupas eletrônicas e computadores capazes de se ligar a células do seu corpo.

Embora o material tenha sido descoberto há uma década, ele começou a ganhar atenção em 2010, quando dois físicos da Universidade de Manchester, na Inglaterra, ganharam o Prêmio Nobel por seus experimentos envolvendo o grafeno. Mais recentemente, eles passaram a pesquisar alguma forma de produzir o grafeno comercialmente.

A Sociedade Química Americana afirmou em 2012 que o grafeno seria 200 vezes mais resistente que o aço e tão fino que apenas 28 gramas seriam capazes de cobrir 28 campos de futebol americano. Cientistas chineses criaram um aerogel de grafeno com um sétimo do peso do ar. Dezesseis centímetros cúbicos do material são capazes de se equilibrar em uma única folha de grama.

"O grafeno é um dos poucos materiais no mundo que é transparente, condutor e flexível – tudo ao mesmo tempo", afirmou o Dr. Aravind Vijayaraghavan, da Universidade de Manchester. "Em conjunto, essas propriedades são extremamente difíceis de encontrar no mesmo material".

Pesquisadores afirmam que logo serão capazes de criar aparelhos eletrônicos mais finos, rápidos e baratos que qualquer coisa feita à base de silício, com a opção de torná-los transparentes e flexíveis. Outra possibilidade são baterias de longa duração que podem ser colocadas mergulhadas em água.

Em 2011, pesquisadores da Northwestern University, em Illinois, construíram uma bateria que incorpora grafeno e silício, e que segundo a universidade poderia criar um celular que "ficasse carregado por uma semana e que fosse recarregado em apenas 15 minutos". Em 2012, a Sociedade Química Americana afirmou que os avanços no grafeno estariam levando a produtos eletrônicos "capazes de tornar os aparelhos celulares da grossura de uma folha de papel e dobráveis o bastante para caberem no bolso".

O dr. Vijayaraghavan está construindo sensores feitos de grafeno – incluindo sensores de gás, biosensores e sensores de luz – que são muito menores que os atuais.

Este mês, pesquisadores do Instituto Avançado de Tecnologia da Samsung, em parceria com a Universidade Sungkyunkwan, na Coreia do Sul, afirmou que a Samsung havia descoberto como criar grafeno de alta qualidade em placas de silício, que poderiam ser utilizadas na produção de transistores de grafeno. A empresa afirmou que esses avanços significam que ela poderia começar a fazer "telas flexíveis, aparelhos eletrônicos de vestir e outros aparelhos da próxima geração".

Sebastian Anthony, repórter da Extreme Tech, afirmou que os avanços da Samsung poderiam se tornar "o Santo Graal da produção comercial de grafeno".

Pesquisadores da IBM, da Nokia e da SanDisk já fizeram experiências com o grafeno na criação de sensores, transistores e no armazenamento de dados.

Outro aspecto fascinante do grafeno é sua capacidade de ser submergido em líquidos sem oxidar, ao contrário de outros materiais condutores.

Como resultado, afirmou o dr. Vijayaraghavan, a pesquisa está levando a experimentos nos quais os aparelhos possam ser integrados a sistemas biológicos. Em outras palavras, você poderá ter um gadget feito de grafeno implantado em seu corpo e que seja capaz de ler o seu sistema nervoso, ou de conversar com suas células.

Esses aparelhos eletrônicos podem ter uma aparência e uma sensação diferente de tudo o que já vimos.

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