• Carregando...
As equipes estão combatendo a seca economizando água. No Estádio Levi’s, na Califórnia, quase toda a água é reciclada | Nathan Weyland /The New York Times
As equipes estão combatendo a seca economizando água. No Estádio Levi’s, na Califórnia, quase toda a água é reciclada| Foto: Nathan Weyland /The New York Times

Poucas coisas são mais essenciais a estádios e ginásios que a água. Sem ela, os gramados verdes se tornariam marrons, os ringues não teriam gelo e as piscinas ficariam vazias. Chuveiros, banheiros e cozinhas não funcionariam. O jogo simplesmente não poderia continuar.

Porém, com a seca afetando várias regiões dos EUA, muitos times e administradoras estão pedindo e incentivando a economia, não só para ajudar o orçamento, mas para garantir a imagem pública.

Em muitos casos, as equipes instalam produtos como vasos sanitários de baixo fluxo e torneiras com sensor de ativação para economizar milhões de litros de água durante a temporada. Estão também usando soluções tecnológicas, como sensores subterrâneos que transmitem dados sobre o nível de umidade do campo através de redes sem fio para ajudar a decidir quando é hora de ligar/desligar os aspersores.

Da mesma forma que as comunidades têm que lidar com a escassez, estádios e empresas administradoras estão tomando um sem-número de medidas de economia, mas a variedade de usos é tão grande que não há uma única solução que reduza o consumo geral.

"É uma série de ajustes mínimos, mas eficientes, e que permitem ao pessoal que gerencia esses estádios avaliar os gastos e o retorno do investimento", explica Allen Hershkowitz, do Projeto Esportivo do Conselho de Defesa de Recursos Naturais.

A vantagem é que o custo da tecnologia de economia de água vem caindo há anos e as administradoras passaram a adotar propostas de cunho ambiental e social mais amplo. Nas áreas mais afetadas pela estiagem, as companhias de água estão dando desconto na conta aos condomínios e empresas administradoras que conseguem economizar mais.

Andy Gorchov, da Stadium Management Company, que cuida do Sports Authority Field at Mile High, em Denver, disse que sua empresa recebeu um desconto da Denver Water no valor de US$60 mil, ou 40 por cento do valor que pagou pelo novo sistema de controle de irrigação – e mais um abatimento de US$18 mil por reduzir o consumo.

"Para uma instalação do tamanho de um estádio, há muitas coisas que têm prioridade em termos de melhorias e aprimoramentos", afirma Gorchov.

A companhia de água de Denver também pagou pelos vasos que usam vinte por cento menos água/descarga localizados nos 144 boxes de luxo do estádio. Com essa ajuda financeira, Gorchov pôde então instalar sensores de umidade sob o gramado e mais hidrômetros espalhados pelos 36 hectares do terreno para monitorar melhor o uso da água.

No Levi’s Stadium, em Santa Clara, na Califórnia, 85 por cento da água é reciclada. O Anschutz Entertainment Group, ou AEG, que administra dezenas de estádios ao redor do mundo, disse que já superou a meta de redução do consumo de água/pessoa em vinte por cento, número que deveria supostamente ser só alcançado em 2020. No Staples Center de Los Angeles, por exemplo, um dos mais movimentados do mundo, realizou uma auditoria e descobriu que cada um de seus 178 urinóis usava 166,560 mil litros/ano – e ao substituí-los pela versão sem água, passou a economizar mais de 26,5 milhões de litros/ano e US$28.200.

As Ligas também estão engajadas. A NHL, por exemplo, está incentivando os clubes a instalarem desumidificadores mais eficientes para reduzir o derretimento do gelo e a usarem sistemas de filtragem por osmose reversa para remover minerais da água e criar um gelo mais compacto para o ringue, o que reduz a manutenção.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]