Posse
Apoio e desafios
Reuters
O presidente eleito da Colômbia, Juan Manuel Santos, assumiu a presidência do país neste sábado com grande apoio popular para manter o combate às guerrilhas, promover o crescimento econômico e lidar com uma disputa diplomática delicada com a vizinha Venezuela. Santos, que é ex-ministro da Defesa e das Finanças bem quisto por Wall Street, toma posse em um país muito mais seguro após os oito anos da campanha liderada pelo agora ex-mandatário Álvaro Uribe, com apoio dos Estados Unidos, contra a insurgência rebelde mais antiga da América Latina. Economista com experiência nos EUA e na Grã-Bretanha, Santos prometeu manter a pressão sobre as Farc.
O ex-presidente colombiano, Alvaro Uribe, decidiu denunciar, na sexta-feira, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, perante a Corte Penal Internacional e a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, órgão ligado à OEA (Organização dos Estados Americanos), por abrigar membros das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). O processo acontece justamente no dia de saída do colombiano de seu cargo de presidência e é direcionado a Chávez, como pessoa, e ao Estado Venezuela.
Segundo o advogado do ex-presidente, Jaime Granados, as violações denunciados dizem respeito à suposta presença de guerrilheiros das Farc e do Exército de Libertação Nacional (ELN) em território venezuelano. De acordo com ele, esses guerrilheiros prepararam ações terroristas contra a Colômbia em solo venezuelano.
Histórico
Embora a denúncia tenha coincidido com a saída de Uribe do cargo, ela já havia sido levadas à OEA no último mês. A Colômbia acusou Chávez de abrigar ao menos 1,5 mil guerrilheiros que andariam livremente pelo país. Na ocasião, o presidente venezuelano rompeu os laços diplomáticos com Bogotá e ampliou a segurança na fronteira. Isso fez países vizinhos agirem como mediadores da crise.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajou a Caracas na sexta-feira e conversou pessoalmente com Chávez. No sábado, ele visitou Bogotá para a posse do novo presidente colombiano, Juan Manuel Santos. O objetivo é negociar a possível retomada de relações.
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