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O Peru foi um dos países da América Latina que mais cresceram nos últimos anos. Em 2010, registrou um crescimento de 9,1% do Produto Interno Bruto (PIB). Mesmo assim, o presidente Alan García tem níveis baixos de popularidade e não conseguiu fazer um sucessor nas eleições de domingo, deixando seu Partido Aprista Peruano (herdeiro da Aliança Popular Revolucionária Americana, Apra) sem um candidato pela primeira vez em 80 anos de existência. Os principais candidatos são Alejandro Toledo (do partido Peru Posible), Ollanta Humala (Gana Peru) e Keiko Fujimori (Fuerza 2011).

Em novembro, a independente Mercedes Araós foi escolhida para ser a candidata da Apra à presidência. No entanto, em meados de janeiro, ela anunciou sua retirada da corrida, expondo a divisão e a fragilidade da legenda. A decisão foi tomada depois que dirigentes da Apra não gostaram do pedido de Mercedes para que candidatos ao Congresso com investigações pendentes em casos de corrupção fossem excluídos da lista do partido.

"A Apra errou ao confrontar Mercedes, porque a corrupção é uma das maiores preocupações da população hoje, perdendo apenas para a delinquência", afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo o economista Gianfranco Castagnola. Uma das causas da baixa popularidade de García - que sofre para manter seu índice de aprovação em torno dos 30% - seriam as denúncias de corrupção nos últimos anos.

Outro motivo para a falta de apoio ao presidente foi o fato de seu governo não ter conseguido transmitir a bonança econômica para os setores mais pobres da população. "García não investiu em políticas públicas para distribuir a riqueza econômica", explicou o sociólogo Sinésio López, da Pontifícia Universidade Católica do Peru. "Os impostos continuam altíssimos, enquanto os aparatos sociais do Estado, como a educação e o setor de saúde, são um desastre." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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