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Washington – Pelo menos 33 pessoas morreram e 15 ficaram feridas no câmpus da Universidade Técnica da Virgínia, na cidade de Blacksburg, no que foi o mais mortífero ataque em uma instituição de ensino americana. A maior parte das vítimas era estudantes, alvejados em dois momentos distintos – num alojamento estudantil e numa sala de aula – com intervalo de cerca de duas horas entre eles.

A polícia acredita que o ataque tenha sido realizado por um único atirador, que teria se suicidado após o massacre, mas até ontem à noite não conseguiu identificá-lo. Ele foi descrito por alguns estudantes como "um asiático de 20 e poucos anos usando boné marrom e jaqueta de couro preta".

"Hoje (ontem) a universidade foi atingida por uma tragédia que consideramos de proporções monumentais", afirmou Charles Steger, reitor da universidade, localizada no estado americano da Virgínia. "Todos estão chocados."

Inicialmente, a polícia informara que quase 30 pessoas ficaram feridas. Mais tarde, porém, o número de feridos foi revisado para 15. Algumas dessas vítimas encontram-se em condições críticas de saúde.

Testemunhas descreveram cenas de caos e horror, nas quais os alunos foram alinhados contra uma parede e fuzilados. Algumas pessoas tiveram de pular pela janela para escapar dos tiros e muitos feridos foram carregados para os hospitais das proximidades por alunos e funcionários da universidade.

"Todos estão em pânico", disse à CNN o estudante Shaver Deyerle. "No começo, ninguém sabia o que estava acontecendo." O estudante disse que o massacre lembrava a matança da Escola Columbine, quando os alunos Eric Harris e Dylan Klebold mataram 12 colegas e uma professora no Estado do Colorado. A matança completa oito anos na sexta-feira. "Ainda não caímos na realidade. Isso é muito pior que Columbine. Nós nem sabemos o que pensar", afirmou o aluno Justin May, de 19 anos.

Os ataques começaram logo de manhã, quando os estudantes estavam se preparando para ir às aulas. Por volta das 7h15 locais (8h15 de Brasília), a polícia recebeu uma ligação telefônica denunciando um ataque que deixou dois alunos mortos no alojamento, onde vivem 865 pessoas.

Mais tarde, o atirador reapareceu numa sala de aula da Faculdade de Engenharia Norris Hall, há alguns quilômetros de distância, onde fez mais vítimas antes de se matar.

Essa foi a segunda vez em menos de um ano que a Universidade Técnica da Virgínia é fechada por causa da violência. Em agosto de 2006, o primeiro dia de aula foi cancelado e o campus isolado quando um prisioneiro, fugindo da polícia, matou um segurança do hospital universitário e se refugiou num prédio da universidade. O criminoso, William Morva, será julgado por assassinato.

A Universidade Técnica da Virgínia tem mais de 26 mil estudantes.

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