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Daniel Noboa, presidente do Equador
Daniel Noboa, presidente do Equador| Foto: EFE/José Jácome

O presidente do Equador, Daniel Noboa, disse nesta quarta-feira (10) que o referendo convocado por seu governo para o dia 21 de abril, sobre questões de segurança, justiça e emprego, será o “golpe mais duro contra terroristas e políticos corruptos do país”.

Em reunião com cidadãos da região amazônica, Noboa falou sobre a construção de uma paz duradoura também nesses territórios.

"Conseguiremos isso participando da consulta popular, que será o golpe mais duro que podemos dar aos terroristas e aos políticos corruptos que lucram com a dor da população", afirmou o político em seu discurso.

O chefe de governo equatoriano afirmou ter visto nos últimos dias "como as pessoas, alguns criminosos que foram condenados e outros que serão condenados em breve, estão falando e atacando o referendo porque se consideram perdidos".

"Eles também estão atacando nosso governo, estão atacando nossa integridade e alguns, os mais ousados, estão até mesmo pedindo sanções para seu próprio país", disse ele sem fazer qualquer referência explícita a um processo que foi vinculado ao ex-presidente Rafael Correa.

Na segunda-feira (8), a ministra das Relações Exteriores, Gabriela Sommerfeld, criticou as declarações do ex-presidente Rafael Correa, nas quais ele disse que o México deveria tomar medidas contra o Equador para que a invasão da Embaixada mexicana em Quito na última sexta-feira (5) para prender o ex-vice-presidente Jorge Glas não ficasse impune.

"A única coisa de que podemos ter certeza é que não há limite para a falta de vergonha dessas pessoas e que elas poderão gritar, poderão fazer todo o barulho que quiserem. No final das contas, o povo equatoriano, o povo da Amazônia, votará 'Sim" no referendo”, declarou Noboa.

Segurança, justiça e emprego

O referendo busca o apoio dos cidadãos para combater a insegurança, um dos principais problemas do país, que enfrenta um "conflito armado interno" declarado por Noboa contra 22 facções criminosas que seu governo passou a considerar como terroristas e agentes não estatais beligerantes.

Entre as questões a serem votadas estão a participação das forças armadas em apoio à polícia contra o crime organizado, a permissão da extradição de equatorianos, o estabelecimento de tribunais constitucionais, o reconhecimento da arbitragem internacional e a flexibilização do mercado de trabalho com contratos temporários e por hora.

Os equatorianos também votarão sobre a reforma do código penal para aumentar as penas para os crimes de terrorismo e seu financiamento, tráfico de drogas, crime organizado, assassinatos, tráfico de pessoas, sequestro para resgate, tráfico de armas, lavagem de dinheiro e mineração ilegal.

Também será objeto de consulta a eliminação dos benefícios da prisão para os condenados por financiamento do terrorismo, recrutamento de crianças e adolescentes para fins criminosos, sequestro para pedido de resgate, tráfico de drogas, mineração ilegal, posse ilegal de armas, extorsão, tráfico de influência e lavagem de dinheiro, entre outros crimes. (Com Agência EFE)

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