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Líder norte-coreano Kim Jong-il (Centro) e o diplomata chinês Wang Jiarui (esquerda) | Reuters
Líder norte-coreano Kim Jong-il (Centro) e o diplomata chinês Wang Jiarui (esquerda)| Foto: Reuters
  • Autoridades chinesas e norte-coreanas trocam presentes em Pyongyang, na Coréia do Norte, durante negociações diplomáticas

O principal negociador nuclear da Coreia do Norte, Kim Kye-gwan, chegou na terça-feira a Pequim, enquanto Pyongyang declarava sua disposição em ampliar suas conversas com a China para eventualmente retomar as negociações multilaterais de desarmamento nuclear.

A aparente intenção negociadora norte-coreana é revelada um dia depois de o dirigente Kim Jong-il prometer novamente acabar com as armas nucleares na península da Coreia.

Kim já fez e rompeu promessas semelhantes no passado, e analistas acham que dificilmente ele abrirá mão do seu arsenal atômico, visto dentro do país como o coroamento do seu regime com ênfase militar.

Mas os analistas dizem também que o Norte se ressente das sanções impostas pela ONU após um teste nuclear em 2009, junto com os efeitos de uma frustrada reforma monetária que, de acordo com a Coreia do Sul, provocou inflação e uma rara inquietação da população.

"Enviar Kim Kye-gwan indica que algum tipo de entendimento foi arranjado entre a China e a Coreia do Norte a respeito da retomada das negociações nucleares", disse Cheong Seong-Chang, pesquisador do Instituto Sejong, da Coreia do Sul.

O Norte abandonou há um ano as negociações que envolviam também China, EUA, Japão, Rússia e Coreia do Sul. A China é praticamente o único país com alguma influência sobre o regime comunista norte-coreano.

Durante visita na segunda-feira a Pyongyang, o dirigente comunista chinês Wang Jiarui ouviu de Kim que a Coreia do Norte quer ampliar a comunicação e a coordenação com a China visando à retomada do processo multilateral, segundo nota divulgada pelo Partido Comunista chinês.

Wang também transmitiu a Kim uma mensagem do presidente chinês, Hu Jintao, convidando-o a visitar a China "quando for conveniente" e pedindo que a questão nuclear seja "tratada apropriadamente," acrescentou a nota.

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