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Pessoas deixam flores em frente à prédio do governo em Oslo em homenagem às vítimas do massacre que faz um ano neste domingo | REUTERS/Tor Erik Schroeder/NTB Scanpix
Pessoas deixam flores em frente à prédio do governo em Oslo em homenagem às vítimas do massacre que faz um ano neste domingo| Foto: REUTERS/Tor Erik Schroeder/NTB Scanpix
  • Pessoas participam de concerto em frente à prefeitura de Oslo
  • Concerto é em homenagem às vítimas do massacre de julho do ano passado
  • O cantor americano Bruce Springsteen participou do show
  • A princesa da Noruega, Martha Louise, e seu irmão, o príncipe Haakon, participam de homenagem
  • Premiê do país, Jens Stoltenberg, faz discurso durante homenagem
  • Jens Stoltenberg e sua família também atenderam homenagens na Ilha de Utoeya
  • Ilha de Utoeya também recebeu homenagens
  • Uma missa foi rezada em homenagem às vítimas em Trondheim
  • Memorial em Oslo em homenagem às vítimas de massacre

O primeiro-ministro da Noruega, Jens Stoltenberg, abriu neste domingo as cerimônias em memória das vítimas dos ataques praticados pelo ultradireitista Anders Behring Breivik, que deixaram 77 mortos no dia 22 de julho de 2011.

»Veja fotos das homenagens na Noruega

"O objetivo da bomba e das balas era mudar a Noruega. O povo norueguês respondeu atendo-se a nossos valores. O assassino fracassou, o povo venceu", declarou Stoltenberg em Oslo durante uma cerimônia para lembrar o primeiro aniversário desses atentados.

No dia 22 de julho de 2011, Breivik deixou uma caminhonete com quase uma tonelada de explosivos diante da torre de 17 andares com escritórios do governo, onde estão entre outros o gabinete do primeiro-ministro, que nesse momento estava em sua residência oficial.

Após esse atentado, que deixou oito mortos, Breivik foi para a ilha de Utoeya, a cerca de 40 quilômetros de Oslo, e começou a atirar nos jovens que participavam de um acampamento de verão da juventude trabalhista.

Sessenta e nove pessoas morreram, em sua maioria adolescentes.

Breivik, de 33 anos, disse que havia cometido os ataques para proteger o país da "invasão muçulmana" e explicou que tinha escolhido os trabalhistas como alvos por causa de sua política de imigração favorável ao multiculturalismo.

O primeiro-ministro Stoltenberg, também trabalhista, fez a primeira homenagem depositando uma coroa de flores perto do local onde ocorreu a explosão.

O bairro dos ministérios foi totalmente liberado para a circulação na semana passada, após a retirada de mais de 4.300 toneladas de escombros, operação que teve um custo de mais de 300 milhões de coroas (cerca de 41 milhões de euros).

"Nas horas e nos dias que se seguiram ao dia 22 de julho do ano passado, fomos uma Nação, unidos, primeiro, na comoção e no desespero, e, depois, na defesa inquebrantável da humanidade e da diversidade", ressaltou Stoltenberg.

"Um ano depois, nos reunimos, conscientes de que quando precisamos, conseguimos", disse, agradecendo aos seus compatriotas.

O veredicto contra Breivik será pronunciado no dia 24 de agosto.

No último dia do julgamento, no dia 22 de junho, Breivik, de 33 anos, pediu sua absolvição, alegando que cometeu os ataques para proteger os noruegueses do Islã e do multiculturalismo.

Se for considerado penalmente irresponsável, Breivik corre o risco de ser internado em um centro psiquiátrico, possivelmente pelo resto de seus dias.

"Não posso reconhecer minha culpa. Invoco o princípio da necessidade (que permite matar em circunstâncias excepcionais), já que lutei pelo meu povo, por minha cultura e pelo meu país", afirmou Breivik em suas declarações finais no julgamento.

Em seu discurso ideológico de cerca de 45 minutos, o acusado citou a série "Sex and the City" e os artistas noruegueses de origem estrangeira como argumentos para lamentar a liberdade sexual e o multiculturalismo que ameaçam a família tradicional, segundo ele.

Dirigindo-se aos cinco magistrados, Breivik afirmou que "a História provará que julgaram um homem que tentava deter o Mal", que "cometeu um ato de barbárie para evitar outra barbárie ainda maior".

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