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Um novo medicamento para tratar o câncer avançado de pele ou melanoma metastático duplicou praticamente o tempo médio de sobrevida, revela um estudo realizado com 130 pacientes e divulgado nesta quarta-feira (22) nos Estados Unidos.

Desenvolvido pela Genentech, filial americana do gigante suíço Roche, a droga "Zelboraf" foi aprovada pela agência de controle de alimentos e medicamentos dos Estados Unidos em agosto de 2011, o que a torna o primeiro novo tratamento contra o melanoma em 13 anos.

O estudo mais recente, cujos resultados foram publicados pelo New England Journal of Medicine, acompanhou 132 pacientes em 13 centros médicos de Estados Unidos e Austrália.

Os pacientes tratados com o "Zelboraf" viveram em média 15,9 meses, contra uma expectativa de nove meses após a metástase.

"Sabíamos que este medicamento reduzia os melanomas em grande parte dos pacientes e que funcionava melhor que a quimioterapia, mas ainda não sabíamos que viviam mais tempo", disse Antoni Ribas, principal autor do estudo e professor de hematologia e oncologia do Jonsson Cancer Center, da Universidade da Califórnia, em Los Angeles.

O "Zelboraf" pode ser utilizado para tratar a metade dos pacientes com melanoma metastático, ou cerca de 4 mil pessoas nos Estados Unidos anualmente, segundo os pesquisadores.

Comprimido

Tomado em forma de comprimido duas vezes ao dia, o "Zelboraf" age bloqueando uma proteína ligada ao crescimento celular em pacientes com melanoma avançado cujos tumores mostram a mutação genética conhecida por BRAF V600E.

No total, 53% dos pacientes com esta mutação obtiveram redução de seus tumores em mais de 30%, enquanto outros 30% experimentaram reduções menores. A droga não provocou resposta em 14% dos pacientes.

Um inconveniente é que os pacientes parecem desenvolver resistência ao tratamento com o tempo, mas os cientistas estão tratando de encontrar maneiras de evitar que isto ocorra, disse Ribas.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer, 68.130 novos casos de melanoma foram diagnosticados nos Estados Unidos em 2010, com 8.700 óbitos.

A Organização Mundial de Saúde estima que o câncer de pele provoca 66 mil óbitos ao ano em todo o mundo, e 80% são atribuídos aos melanomas.

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