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Carruagem leva turistas pelo centro de Nova York | Tomás Lano/Creative Commons
Carruagem leva turistas pelo centro de Nova York| Foto: Tomás Lano/Creative Commons

Um projeto para proibir os passeios de carruagem nas ruas de Nova York (uma promessa de campanha do prefeito Bill de Blasio) foi apresentado à Câmara da cidade. Enquanto isso, manifestantes que apoiam ou se opõem a medida se concentravam em frente ao edifício do governo municipal.

Blasio é contra aos passeios e chama o trato dado aos cavalos de "desumano". Em contrapartida, a cidade oferecerá aos cocheiros treinamento e licenças para dirigir táxis em bairros de Manhattan, já que a proibição significaria a perda de 300 postos de trabalho. Já os cavalos poderiam ser levados a matadouros.

Mas o sindicato desses trabalhadores assegura que os cocheiros podem demorar muito tempo até aprender a dirigir carros. "Por mais de 130 anos, este trabalho era um meio de vida e não planejamos que isso desapareça", disse o vereador George Miranda a uma dezena de cocheiros e sindicalistas que protestavam na prefeitura.

Quem apoia a proibição assegura que os cavalos sofrem com as temperaturas extremas e um tráfico pesado. Três cavalos morreram em acidentes de trânsito, nos últimos 30 anos. "Os animais não pertencem às ruas de Nova York", afirmou o vereador do Queens, Daniel Dromm, que apresentou a proposta.

"Sabemos que usar cavalos para passear com os turistas nas ruas congestionadas durante horas é antinatural, desnecessário e causa sofrimento aos cavalos", disse Natasha Whitling, porta-voz da sociedade americana de prevenção da crueldade com os animais.

O cocheiro Helio Leite nega que os cavalos sofram. Ele assegura que segue as estritas regulações da cidade para proteger os animais e que considera seu cavalo, com quem trabalha há 14 anos, como um amigo.

"Passo mais tempo com ele que com minha família", afirma Leite que conduz sua carruagem desde que imigrou do Brasil há 25 anos. "É claro que o trato bem, porque dele depende o meu sustento", garante. A votação da proposta ainda não tem data marcada.

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