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Ao menos dez pessoas morreram na noite de segunda-feira (16) no Quênia em um suposto ataque islamita cometido perto da cidade de Mpeketoni, onde a milícia somali Al Shabab matou pelo menos 48 pessoas no domingo, confirmaram as autoridades nesta terça-feira (17).

O atentado de segunda à noite aconteceu na cidade de Poromoko, no nordeste do Quênia, conforme detalhou o comissário do condado de Lamu, Stephen Ikua, citado pela rádio queniana "Capital FM".

Um grupo de jihadistas invadiu a cidade, disparou contra os moradores e ateou fogo em vários imóveis, segundo a mesma fonte.

Efetivos da polícia foram enviados ao local para reforçar a segurança e determinar o número exato de vítimas, acrescentou o comissário.

O ataque ocorreu um dia depois que a cidade vizinha de Mpeketoni foi alvo de um atentado atribuído ao Al Shabab e que causou pelo menos 48 mortos, mesmo depois da promessa do governo de proteger seus cidadãos.

O massacre em Mpeketoni é o pior atentado no país africano desde setembro do ano passado, quando 67 pessoas morreram em um ataque de milicianos do Al Shabab contra o shopping Westgate de Nairóbi.

O Quênia - especialmente Nairóbi e a cidade litorânea de Mombaça - foi alvo de vários ataques desde que o seu Exército invadiu a Somália em outubro de 2011, devido a uma onda de sequestros em território queniano que foram atribuídos à milícia somali.

O Al Shabab, que em 2012 anunciou sua adesão formal à rede terrorista Al Qaeda, controla grandes áreas do centro e do sul da Somália, onde o frágil governo ainda não está em condições de impor sua autoridade.

A Somália vive em um estado de guerra e caos desde 1991, quando o ditador Mohammed Siad Barre foi derrubado, deixando o país sem um governo efetivo e nas mãos de milícias radicais islâmicas, senhores da guerra e quadrilhas de delinquentes armados.

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